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Visitar as estátuas de Kim Il-sung e Kim Jong-il, com 22 metros de altura, na colina Mansudae, faz parte do programa oferecido para turistas que visitam a Coreia do Norte. | José Luís Peixoto/Especial para a Gazeta do Povo
Visitar as estátuas de Kim Il-sung e Kim Jong-il, com 22 metros de altura, na colina Mansudae, faz parte do programa oferecido para turistas que visitam a Coreia do Norte.| Foto: José Luís Peixoto/Especial para a Gazeta do Povo

Nunca imaginei que regressaria a Pyongyang. Escrevi um livro sobre a viagem que fiz na Coreia do Norte durante o mês de abril de 2012. De comboio, ao atravessar a fronteira de Sinuiju e ao chegar a Dandong, na China, estava convencido de que nunca mais voltaria àquele país na minha vida.

Mas, logo após a publicação do livro, uma agência de viagens convidou-me a construir um itinerário que passasse por alguns dos pontos que tinha descrito, e a acompanhar quem se inscrevesse nessa aventura. Não rejeitei logo a ideia, pedi para pensar. Durante um par de meses, tentei avaliar o que estava em causa.

Nesse período, tive oportunidade de ir à Coreia do Sul. Entre várias atividades literárias, participei numa conversa pública com a escritora Kyong-sook Shin e falei para alunos de português numa universidade em Seul. Nesses dias, por minha iniciativa, marquei encontros com dissidentes norte-coreanos ligados a associações não governamentais. Foram os seus exemplos que me convenceram a aceitar a proposta da agência de viagens.

A partir daí, tudo aconteceu bastante depressa. No momento em que escrevo [em 2015], já regressei duas vezes à Coreia do Norte, acompanhando 25 pessoas em cada uma dessas ocasiões.

Mal se chega à Coreia do Norte, não há dúvidas de se estar a entrar num país bastante diferente de todos os que visitaram antes. A Coreia do Norte não é a União Soviética, não é os países do leste europeu antes da queda do muro de Berlim, não é Cuba, não é a China (do presente ou do passado).

Ortografia

Nesta edição, optamos por manter a grafia original do português de Portugal, pela musicalidade e também pela estranheza (boa) que pode causar. Em compensação, talvez você desconfie de algumas palavras, como “respetivamente” (sem o “c”), “facto” (com o “c”) e “autocarro” (em vez de “ônibus”).

Mas, antes das formalidades alfandegárias, é fundamental partilhar um conjunto de informações com o grupo. Em Pequim, na véspera do voo para Pyongyang, durante uma pequena reunião, dou conta de algumas características essenciais do país e da sociedade onde nos dirigimos, assim como daquilo que se espera dos visitantes estrangeiros. A enumeração de alguns detalhes evita grandes problemas: não dobrar ou destruir publicações com a figura dos líderes, não fotografar as estátuas dos líderes de forma incompleta, não usar roupa com letras ou imagens estampadas, não levar livros ou revistas para o país, etc. E, claro, permanecer com os guias em todos os momentos, aceitar as suas indicações.

Há sempre dois ou três guias que nos acompanham. No aeroporto, quando saímos da última inspeção às malas, lá estão eles à espera do grupo. Vão acompanhar-nos durante todos os instantes que passarmos no país. Com frequência, serão as primeiras pessoas que encontramos de manhã e as últimas que vemos antes de recolher ao quarto. Dormem no hotel onde dormimos, comem no restaurante onde comemos (mas nunca na mesma mesa que nós). Enquanto durar a viagem, não veem a família.

À chegada, no autocarro entre o aeroporto e o hotel, um desses guias pede-me para recolher os passaportes. Ninguém estranha. Na reunião da véspera, todos foram avisados de que seria assim. Os visitantes portugueses olham com avidez pelas janelas. No corredor do autocarro em andamento, enquanto recebo passaportes, um dos comentários mais habituais que ouço é: “afinal, não é assim tão mau”. Talvez seja um excesso de sensibilidade minha, mas parece-me que esta frase é dita como se me desmentisse, como se colocasse em causa as informações que dei. Esse comentário frequente, relembro, é feito num autocarro entre o aeroporto e a cidade, por alguém que acabou de chegar ali pela primeira vez.

A viagem, o “estar lá” expõe a confiança que cada um tem no seu próprio julgamento, nos seus sentidos, na sua experiência e intuição. Como podem duvidar do que estão a ver, do que está mesmo ali à sua frente?

A Coreia do Norte é um destino que, em certa medida, reflete aquele que o visita. Muito do que está predisposto a acreditar será, com bastante probabilidade, aquilo em que acabará por acreditar. A informação ou a falta de informação que se tem à chegada, as fontes de informação que se consideram credíveis, são filtros à frente dos olhos. Talvez seja assim com todos os lugares, no entanto, na Coreia do Norte, esse facto é mais visível porque a experiência de interpretação daquilo que nos é dado a assistir impõe-se e é particularmente subjetiva. À saída da Coreia do Norte, todos terão uma ideia diferente acerca do que viram.

Entrego os passaportes do grupo a um dos guias. Só os voltaremos a receber no fim da viagem. Os guias dizem que guardam os passaportes para que ninguém os perca. Pode acreditar-se ou não: eis um exemplo claro da subjetividade a que me referi. Não se acreditando, é possível imaginar muito acerca do que farão com esses documentos durante uma semana.

O autor

José Luís Peixoto é de um vilarejo português de pouco mais de 1 mil habitantes chamado Galveias. Ele tem 40 anos e surgiu como escritor em 2000, com o livro Morreste-me (publicado há pouco no Brasil pela Dublinense), em que procura lidar com a perda do pai. Em 2001, ele venceu o Prêmio José Saramago com Nenhum Olhar. Peixoto esteve em Curitiba no último dia 9 como convidado do Litercultura, falando sobre sua obra para o público de um Sesc da Esquina quase lotado. Muitos livros dele saíram no Brasil, incluindo Dentro do Segredo e Livro (ambos pela Companhia das Letras), mais Cemitério de Pianos e Uma Casa na Escuridão (os dois pela Record).

Quando paramos à frente do Arco do Triunfo, já caiu a noite. Um dos guias afirmará que é semelhante ao de Paris, mais insistirá que é maior. Foi construído para lembrar o regresso de Kim Il-sung à Coreia, após ter (supostamente) expulsado os colonialistas japoneses. Essa será das primeiras vezes que ouvimos esse nome: Kim Il-sung, o grande líder. Ao longo dos dias, no microfone do autocarro, diante de monumentos, durante as refeições, dezenas de vezes, centenas de vezes, será repetido: o general, o presidente (apesar de ter morrido em 1994, Kim Il-sung é, segundo a constituição, o presidente eterno do país); e também Kim Jong-il, o querido líder; e também Kim Jong-un, o respeitado líder.

Nessa hora, haverá muitos a olharem para o Arco do Triunfo, a fotografá-lo talvez, mas também haverá muitos a olharem para as pessoas que caminham nos passeios, para os carros que circulam pela avenida, para os megafones no topo dos edifícios, para tudo o que os rodeia.

Em Pyongyang, as imagens mais quotidianas e rotineiras são susceptíveis de capturar a atenção dos estrangeiros e, com frequência, têm mais interesse do que os monumentos: as crianças com uniforme de pioneiros, lenço vermelho ao pescoço; os militares sempre presentes, ocupados pelas tarefas mais diversas; as polícias-sinaleiras, sempre impecáveis, a movimentarem-se com precisão milimétrica, quer haja trânsito ou não.

A chegada ao hotel é, também, um desses momentos de novidade. Causa bastante impacto, por exemplo, quando se percebe que, num hotel com cerca de 50 andares, só estão hospedados mais um ou dois grupos de estrangeiros. Esses são todos os turistas que existem em Pyongyang. Esses são todos os turistas que existem no país.

A Coreia do Norte é um destino que, em certa medida, reflete aquele que o visita. Muito do que está predisposto a acreditar será (...) aquilo em que acabará por acreditar. A informação ou a falta de informação que se tem à chegada, as fontes de informação que se consideram credíveis, são filtros à frente dos olhos.

O quarto, normalmente, fica sempre acima do 20.º andar, pelo menos. Lá de cima, à noite, as únicas luzes que se distinguem na escuridão da cidade são as que iluminam as fotografias dos líderes no topo dos edifícios. Abrindo a janela, é possível escutar o silêncio absoluto de uma cidade com mais de 3 milhões de habitantes.

Na manhã seguinte, há muita vontade de ver e de conhecer, mas os visitantes estrangeiros têm de ter paciência. Ao contrário do ocidente, a Coreia do Norte não é um país onde o cliente tenha sempre razão. Aqueles que acham que podem fazer exigências porque pagaram, cedo percebem que nem todos partilham essa perspectiva. Do ponto de vista da etiqueta, os norte-coreanos entendem o turismo como os ocidentais entendem as visitas de casa. Quem recebe alguém na sua casa, tenta fazer com que os outros se sintam confortáveis, mas também espera que respeitem as suas regras e, em última análise, o respeitem a ele.

Todos os dias, há pequenas faltas e mal-entendidos que os guias norte-coreanos pedem para não se repetir. Sou eu que recebo essas queixas, só muito raramente as transmito aos portugueses. Em momentos reservados, quando não estão a dirigir-se ao grupo, os guias norte-coreanos demonstram uma ansiedade que parece exagerada; com frequência, recebo-a e espero que se dissipe. Uma das ocasiões em que essa inquietação está sempre presente é a reunião matinal. Todos os dias, enquanto os primeiros turistas tomam o pequeno-almoço de ovos mexidos e chá, tenho um encontro com os guias numas das mesas vazias do bar do hotel. Vejo-os desdobrar um papel muito limpo sobre a mesa, caligrafia cuidada, alfabeto coreano, e, prevendo margens de atraso que não devem passar os 10/15 minutos, começam a informar-me do plano que está previsto para esse dia. Tiro as minhas notas e, logo a seguir, faço-lhes contrapropostas. Dentro das alterações que sugiro, há umas que são logo rejeitadas, com a justificação de um abanar nervoso de cabeça; e há outras que ficam dependentes de um telefonema, que é feito logo ali e que pode autorizar ou não o pedido. Desta forma, o itinerário inicial acaba por ser muito melhorado.

Do ponto de vista da etiqueta, os norte-coreanos entendem o turismo como os ocidentais entendem as visitas de casa. Quem recebe alguém na sua casa, tenta fazer com que os outros se sintam confortáveis, mas também espera que respeitem as suas regras e, em última análise, o respeitem a ele.

Quando o autocarro sai do hotel, já não há espaço para alterações ao que ficou definido. O trânsito de Pyongyang não atrasa ninguém. Sem pressa, o motorista conduz um dos melhores veículos com que nos cruzamos nas estradas da cidade. Com a sigla da autoridade do turismo, o nosso autocarro é muito melhor do que os transportes públicos norte-coreanos. Todos os lugares onde formos pertencem ao estado, assim como o hotel, os restaurantes onde comermos, ou as pequenas lojas de recordações onde pararmos. Tudo o que tocarmos é da responsabilidade da autoridade norte-coreana do turismo.

Não há apenas monumentos para ver. É muito comum a visita a escolas, fábricas, parques, ao metropolitano, entre outros espaços do dia a dia. Ainda assim, mesmo sem acesso às reuniões de planeamento ou aos pedidos de autorização, é fácil perceber que, em todos esses lugares nos esperam, e que tudo foi preparado para nos receber. Na escola, as crianças têm as melhores roupas, apresentam-nos um pequeno espetáculo e, se for uma escola de alunos crescidos, havemos de visitar a aula de inglês, onde têm perguntas preparadas para nos fazer que, aos seus olhos, deixam a Coreia do Norte bem vista, qualquer que seja a resposta. Exemplo: “Qual é o índice de criminalidade do seu país?”. Por muito baixo que seja, será sempre menor do que o da Coreia do Norte que, oficialmente, é nulo.

Monumento em homenagem ao partido único da Coreia do Norte.José Luís Peixoto/Especial para a Gazeta do Povo

Mas não faltam monumentos para conhecer e fotografar. Começa-se pelas estátuas dos líderes, na colina Mansudae. Em bronze, um Kim Il-sung e um Kim Jong-il, com 22 metros de altura, colocam-nos na escala que nos é devida. Os visitantes são convidados a, com coreografia e cara séria, fazerem uma vênia. No topo da cidade, as vistas são grandes, como a devoção dos norte-coreanos. A subida à Torre da Ideia Juche é outra das paragens imprescindíveis. Do alto dos seus 170 metros, é a mais alta torre de granito do mundo. Os guias não perdem a oportunidade para exporem algumas noções da “ideia Juche”, que é a ideologia oficial do país, supostamente criada por Kim Il-sung. O mesmo acontece no Monumento da Fundação do Partido que, seguindo o Rio Daedong, não fica muito longe. É constituído pela reprodução gigante de um martelo, uma foice coreana e um pincel, que constituem o emblema do Partido dos Trabalhadores da Coreia e simbolizam os operários, os camponeses e os intelectuais, respectivamente.

Metrô de Pyongyang é apresentado como o mais profundo do mundo e se inspirou no sistema de Moscou, na Rússia.José Luís Peixoto/Especial para a Gazeta do Povo

O discurso ideológico, no entanto, está presente em todos os momentos do dia, em todos os lugares para onde se dirija o olhar, mesmo nas atrações que, de aparência, são menos políticas, como no circo ou no Palácio das Crianças, por exemplo. Baseado em impressionantes números de malabarismo e acrobacias, o circo tem uma grande tradição no país e constituiu um dos orgulhos nacionais. Em Pyongyang, existem duas salas de circo, ocupadas por grupos residentes. Famosos no país, os trapezistas e malabaristas são também funcionários públicos, como todos. Uma versão simplificada dessas habilidades é apresentada no Palácio das Crianças, em Mangyongdae. Mas, nesse caso, os executantes ainda não chegaram à adolescência. Há também música, dança, com sincronia perfeita e um nível de execução que exalta a disciplina e a dedicação. Tanto num caso, como noutro, sempre que seja necessário um adereço, é muito comum recorrer-se a bandeiras do partido ou do país. Em projeções ou em formas diversas, as imagens dos líderes fazem parte desses espetáculos.

  • Capital norte-coreana concentra as riquezas do país.
  • Grupo de turistas estrangeiros circulou por Pyongyang sempre acompanhado de guias norte-coreanos.
  • Norte-coreanos circulam de bicicleta em região da capital do país.
  • Monumento em homenagem ao partido único que governa a Coreia do Norte há mais de 60 anos.
  • Rostos dos líderes da família Kim estão por toda parte: o patriarca Kim Il-sung e o filho Kim Jung-il (este é pai de Kim Jung-un, atual líder do país).
  • Construções do governo se destacam na paisagem metropolitana da capital norte-coreana.
  • Visão árida de prédios e nenhum verde em Pyongyang, capital da Coreia do Norte e sede do governo.
  • Existem vários monumentos espalhados pela capital para exaltar o partido, os líderes e as ideias de um país isolado do mundo por insistir em fabricar armas nucleares.
  • Dados a respeito de Pyongyang são sempre apresentados como os melhores e mais impressionantes do mundo, ainda que as informações não sejam verificáveis.

Ainda assim, nenhum lugar expõe tanto o culto da personalidade como o mausoléu dos líderes (normalmente chamado “Palácio do Sol”). Durante a vida de Kim Il-sung, esse edifício era a sua residência oficial e, também, o seu escritório. Nos salões enormes, de mármore, há solenidade vigiada por centenas de militares em fardas de cerimônia. Após quilômetros de corredores, chegamos por fim à sala onde, durante segundos, podemos estar em presença do corpo embalsamado de Kim Il-sung. Em grupos de três, fazem-se quatro vênias, uma em cada lado da urna. Cerca de uma dúzia de militares, em rigoroso sentido, prestam atenção a cada gesto, não permitem um desvio mínimo ao protocolo previsto. O mesmo acontece quando se chega à sala do corpo de Kim Jong-Il. Para essa visita, onde também se passa por salões com as condecorações dos líderes, etc., os estrangeiros têm de levar roupa adequada: de preferência, fato e gravata (homens), vestido comprido (mulheres).

Os roteiros dos estrangeiros em Pyongyang podem incluir ainda outros lugares, entre os quais: o Museu da Guerra da Coreia, o navio Pueblo (barco norte-americano capturado pela marinha coreana), o Estúdio de Arte Mansudae, a casa natal de Kim Il-sung, o parque de diversões Kaeson, a Livraria das Línguas Estrangeiras, o Grande Palácio Popular de Estudos e muitas outras possibilidades.

Qualquer que seja o itinerário para os dias que se passem na cidade, as características do país (sociais e civilizacionais) são o que acaba por se trazer na memória, são o que marca realmente. Até porque as condições de vida na capital, mesmo com as suas dificuldades, são bastante superiores às que se encontram em qualquer lugar fora de Pyongyang. Mesmo quando não há oportunidade de fazer essa constatação em profundidade, basta alguma atenção mínima, olhar pela janela do autocarro, para se perceber que é assim.

Toda a gente tem uma opinião sobre a Coreia do Norte, até aqueles que sabem muito pouco. A partir do modo como este assunto é normalmente tratado, espera-se sempre um juízo que sirva como declaração de intenções. A meu ver, esse pressuposto nasce do facto de, muitas vezes, sob a capa de se acrescentar informação, apenas se opinar.

O armistício entre as Coreias nunca foi assinado. Formalmente, os dois países ainda continuam em guerra e, de facto, como nesse tempo, as Coreias ainda servem de pretexto para uma guerra simbólica. A maioria dos defensores e detratores mais acérrimos utilizam o debate da questão coreana para se referirem a outras situações, a fantasmas.

Pessoalmente, como muitos, acredito que o turismo pode ser uma forma de contribuir para uma abertura e, por consequência, para uma mudança importante na sociedade norte-coreana. Não seria a primeira vez que o turismo desenvolveria esse papel. Há muitos exemplos dessa contribuição, como é o caso recente do Burma. É tocante a forma como os norte-coreanos se impressionam com detalhes daqueles que os visitam: a roupa, a altura, os cabelos, os óculos, o calçado, os risos, os sorrisos, etc. Trata-se de toda uma população que ignora estrangeiros, que nunca teve contacto com quase nada do que damos por adquirido. Os norte-coreanos reparam naquilo que já deixamos de ver.

É fácil ficar em casa, cultivar a queixa ou o sarcasmo. Difícil é ir lá. Um dia, quando nos chegarem notícias de mudança, saberemos que essa história também é nossa e, mesmo que apenas com um grão de pó, com uma grama, contribuímos para a libertação daquele povo.

Agora, custar-me-ia imaginar a possibilidade de nunca mais lá regressar.

  • Para os estrangeiros que visitaram a Coreia do Norte na companhia do escritor José Luís Peixoto, as cenas cotidianas foram as que mais impressionaram.
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