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O instituto Itaú Cultural confirmou, nesta sexta-feira (29), que vai assumir a correalização do Prêmio Portugal Telecom de Literatura com a curadoria original do evento. O concurso, que se consolidou como um dois mais importantes para honrar produções em língua portuguesa, teve a edição de 2015 ameaçada depois que a Portugal Telecom (PT), representada pela Oi no Brasil, foi vendida para a francesa Altice.

Após a venda consumada, a Oi informou, por meio de nota, que comunicou a curadoria do certame que não caberia mais à empresa decidir sobre o patrocínio ou continuidade do prêmio e que também não tinha interesse em manter patrocínio. Em nota encaminhada nesta sexta, a empresa informou que, a pedido da própria curadoria do prêmio, recomendou a continuidade do concurso “ao futuro acionista da empresa, a quem unicamente cabe qualquer decisão sobre a continuação dos projetos da operadora portuguesa”.

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A nova detentora dos serviços da empresa portuguesa teria, contudo, recusado manter a realização. Procurada pela reportagem a Altice não se manifestou.

Também por meio de sua assessoria de imprensa, o Itaú Cultural informou que, como a decisão de assumir o Prêmio Portugal Telecom de Literatura é recente, o conselho do instituto ainda estuda as novas possibilidades de formato e de nome para o concurso. Até agora, só se sabe que o prêmio não deverá levar o nome da instituição.

O prêmio

O Prêmio Portugal Telecom de Literatura nasceu em 2003 com a intenção de indicar os melhores livros do ano escritos por autores brasileiros. Em 2007, o prêmio passou a contemplar autores e obras de todos os países que falam português. O primeiro vencedor do concurso, na categoria contos, foi, inclusive, o curitibano Dalton Trevisan, que venceu com a obra “Pico Na Veia”.

Em entrevista ao jornal “Valor Econômico”, a curadora do prêmio, Selma Caetano, comparou o futuro do Portugal Telecom de Literatura com o Man Booker Prize, maior concurso de literatura de língua inglesa, e disse que “a maneira democrática e aberta do patrocínio transformará o prêmio, ao longo dos anos, em um projeto do meio literário e editorial”.

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