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Kid Morangueira | /
Kid Morangueira| Foto: /
  • Moreira da Silva nos anos 50.
  • O pai do breque;
  • Jimmy Cliff novinho.
  • Jimmy colorido.
  • Marvin Gaye.
  • Obra-prima de Marcos Rey.

Há exatos 113 anos nascia no rio de Janeiro uma das maiores expressões da história do samba: Antônio Moreira da Silva, também conhecido o Kid Morengueira, o criador do samba-de-breque. Houve alguma controvérsia sobre a data exata de seu nascimento, mas ele próprio confirmou à extinta revista Fatos e Fotos: “Nasci em 1902, num 1º de abril, na rua Santo Henrique, hoje Carlos Vasconcelos, na Tijuca”.

Nascido da Tijuca mas criado no Salgueiro, só iniciou os estudos aos nove anos e abandonou logo aos onze, quando o pai faleceu. Foi empregado de fábricas, tecelagens e chofer de ambulância e motorista de táxi.

E foi dirigindo seu táxi que encontrou seu caminho: “Nessa época, meu principal passageiro era o compositor Ismael Silva. Foi o Ismael quem botou na minha cabeça a ideia de transformar-me em cantor. Graças a ele gravei meu primeiro disco”, declarou Moreira em entrevista à Revista do Rádio, em 1965. “Nesse tempo eu cantava muito nas horas vagas. Era seresteiro, dava o meu recado”. Sua primeira incursão em disco foi na Odeon, onde gravou dois pontos de macumba de Getúlio Marinho (Ererê e Rei de Umbanda, de 1931). “O Getúlio me chamou e disse: Moreira, quero usar sua voz para gravar para mim”, relembra. Mas gravar música de macumba deixou o mulato cabreiro. “Eu não sou supersticioso, mas me veio um troço assim... Então, sai dessa, malandro, disse para mim mesmo”. (Havia motivo para a cisma. “Já vi o sobrenatural”, disse, fazendo referência a uma aparição com a qual deparou aos 19 anos, quando chegava em casa, na rua Major Ávila. Uma mulher de preto surgiu à sua frente e desapareceu em seguida.)

Seu último grande sucesso, já na década de 60, foi o samba O Rei do Gatilho, de Miguel Gustavo, cuja letra falava de um caubói que, como o Zorro americano, tinha por companheiro fiel um índio. Era o Kid Morengueira, que passou a ser o apelido que o acompanhou pelo resto da vida.

Em 1995 gravou “Os 3 Malandros In Concert” com Dicró e Bezerra da Silva, aos 93 anos de idade. Em 1996, foi tema do livro Moreira da Silva - O Último dos Malandros. Com 98 anos de idade, ainda se apresentava em shows. Participou do histórico disco de Chico Buarque de Holanda, a “Ópera do Malandro” de 1979, fazendo dueto com o próprio Chico.

Amigo Urso
Acertei no milhar:
Fui a Paris:
Jogando com o capeta:
O sucesso maior: Morangueira, o “Rei do Gatilho”:

Jimmy ‘Reggae’ Cliff

Em 1 de abril de 1948 nasceu o cantor jamaicano Jimmy Cliff, um dos ícones do reggae mundial. Abriu as portas para o estilo musical rasta na Europa e no resto do mundo, embora seja acusado por muitos de abandonar a origem rasta . A sua religião lhes causou muitos problemas na Jamaica com os rastas. Num incidente estranho, em um grande show com os Wailers em Kingston nos finais de 1975, rastas radicais, indignados com sua dedicação ao islamismo, chegaram a cuspir em sua cara. Este foi um dos motivos que o fez mudar-se para a Inglaterra. Seu ingresso no mundo da música revela um dado curioso: Leslie Kong, proprietário de uma loja de discos, fez sucesso como produtor investindo exatamente no garoto Jimmy. Mais tarde, o mesmo Kong teria o privilégio de encaminhar Bob Marley para a sua primeira gravação. Cliff alcançou notoriedade fora da ilha por sua participação no filme The Harder They Come, produzido pela gravadora Island e protagonizado por ele e seus compatriotas Desmond Dekker, The Maytals e Melodians (os dois últimos, grupos vocais que, assim como o muçulmano Cliff, faziam uma celebração da vida mais suave e menos politizada que os Wailers).

Para Cliff a oportunidade não poderia ter sido melhor. Apesar do fracasso comercial, o filme fez muito mais por seu marketing pessoal que a outra arma da Island: uma visita quase que anônima ao Brasil ainda em 1969 para participar do Festival Internacional da Canção (FIC).

Em 1980 excursionando com Gilberto Gil, lotou todos os auditórios onde pisou. Quatro anos depois ele repetiu a façanha sozinho, em um ginásio em São Paulo, e no programa do Chacrinha. Em 1990 Cliff participou do primeiro CD do Cidade Negra, na música Mensagem, feita por Ras Bernardo. Em 1991 gravou na Bahia, em Salvador, o CD Breakout, lançado em 1992. O disco contou com as participações de Olodum na música “Samba Reggae” e Araketu nas músicas “Breakout” e “War a Africa”.

Em 1983, lançou o single Reggae night que foi um sucesso nas paradas desse ano e que relançou a sua carreira.

Marvin Gaye

Em 1 de abril de 1984 o mundo dava adeus à voz do norte-americano Marvin Gaye, grandre astro do soul e R&B, arranjador, multi-instrumentista, compositor e produtor. A morte trágica chocou seus fãs: um dia antes de completar seu 45º aniversário, Marvin foi assassinado com um tiro por seu próprio pai, após uma briga de família.

Gaye ganhou fama internacional durante os anos 60 e 70 como um artista da gravadora Motown. Com seu bem-sucedido álbum What’s Going On, de 1971, e outros lançamentos subsequentes - includindo Trouble Man, de 1972, e Let’s Get It On, de 1973, Gaye, que vez ou outra compunha canções para artistas da Motown no início da sua carreira, provou também que poderia tanto escrever quanto produzir seus próprios discos sem ter de confiar no sistema da Motown. Ele é também conhecido por seu ambientalismo, talvez mais evidente na canção Mercy Mercy Me (The Ecology). Durante os anos setenta, Gaye lançaria outros notáveis álbuns, includindo Let’s Get It On e I Want You, além de ter emplacado vários sucessos, como Got to Give It Up. Já no começo dos anos oitenta, seria a vez do hit Sexual Healing, que lhe rendeu - antes de sua morte - dois prêmios Grammy. Até o momento de ser assassinado pelo seu pai, em 1984, Gaye tinha se tornado um dos mais influentes artistas da cena soul.

Heard It Through The Grapevine:
Sexual Healing:
Let’s Get It On:

Marcos Rey

Em 1 de abril de 1999 morria Marcos Rey, escritor e roteirista brasileiro, autor de clássicos da literatura juvenil brasileira como Um cadáver ouve rádio, O mistério do cinco estrelas e O rapto do garoto de ouro. Foi também redator de programas de televisão, adaptou os clássicos A Moreninha de Joaquim Manuel de Macedo em forma de telenovela e o Sítio do Picapau Amarelo. Na década de 1990 tornou-se colunista da revista Veja, São Paulo e em 1999, após voltar de uma viagem à Europa, foi internado para uma cirurgia, não resistindo às complicações: faleceu no dia 1º de abril, aos 74 anos. Foi cremado, e um mês depois, sua esposa Palma Bevilacqua Donato sobrevoou com um helicóptero o centro da cidade, espalhando as cinzas do autor sobre São Paulo, a grande personagem de toda sua obra.

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