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Djavan: “Nunca canto da mesma maneira para o público, porque ele se renova”. | Divulgação/
Djavan: “Nunca canto da mesma maneira para o público, porque ele se renova”.| Foto: Divulgação/

Em turnê com o show de seu 23º álbum, “Vidas pra Contar”, Djavan volta a Curitiba neste sábado (11) para apresentar o espetáculo que considera uma celebração da diversidade musical. “Sempre foi uma curiosidade imensa mexer com essa distinção entre os gêneros. Minha música se origina dessa diversidade. Faço música diversa porque tenho formação, mas também porque tenho esse prazer em mexer com isso”, disse, em entrevista à Gazeta do Povo.

“Vidas pra Contar” é um disco em que Djavan passeia por estilos musicais diversos como o samba, o xote e o bolero. Mas, naturalmente, nenhum de seus shows pode ficar sem os clássicos do repertório, como “Flor de Lis”, “Samurai” e “Oceano”. “Nunca canto da mesma maneira para o público, porque ele se renova. O público dá essa energia renovada para que eu cante ‘Flor de Lis’, por exemplo, sempre com o mesmo prazer”, descreve o músico alagoano.

Djavan - Vidas pra Contar

Sábado (11), às 21 horas, no Teatro Positivo

Ingressos de R$ 100 a R$ 520, à venda pelo Disk Ingressos. Assinantes Gazeta do Povo têm desconto de 50% na compra de até dois ingressos.

Tido como um compositor popular de “música difícil” (como esquecer de letras como “Açaí/ Guardiã/ Zum de besouro/ Ímã/ Branca é a tez da manhã”?), Djavan rechaça a ideia de que esse rótulo seja consequência de alguma sofisticação em excesso. “Gostaria de ter uma explicação romântica, mas é como uma coisa qualquer. Ser músico é minha profissão. Sou profissional. Quando preciso compor por necessidade, vou lá, sento e componho. Sem mais ou menos coisas pra dizer”, revela.

Representante de uma geração dourada da música popular – seu nome invariavelmente é associado ao de Caetano Veloso, Gilberto Gil e Chico Buarque, para citar a tríade de ouro da MPB –, o cantor não tem se encantado com muito do que vem sendo feito atualmente na música brasileira. “Hoje toda hora surge um artista novo, não pode esperar que se esteja diante de grandes talentos. O grande talento é raro e vai continuar sendo”, afirma. “Se você tem uma produção prolixa e imensa, como a musical brasileira, você se espelha no que está acontecendo. E como qualidade é baixa de modo geral, você acaba se fixando em coisas dessa qualidade”, avalia.

Isso não significa, entretanto, que haja razões para que ele perca o frescor a cada um de seus novos trabalhos. “Tive formação, sempre estudei muito, me dediquei muito para poder fazer a música que eu faço com a diversidade que sempre quis. O Brasil talvez seja um dos países mais férteis do ponto de vista de diversidade musical, com influências de todos os tipos. Sempre tive uma curiosidade imensa pela busca da novidade das canções”, conclui.

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