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O CEO Latin America da agência digital Mirum, Guilherme Gomide, colocou para funcionar cedo seu espírito desbravador. Enquanto cursava Publicidade, no início da década de 90, apostou em um ramo ainda pouco desenvolvido no país. Abriu, junto com a família, uma portinha que oferecia serviço de computação gráfica – em uma época em que nem PowerPoint havia – para fazer apresentações para grandes empresas. Deu certo. A partir desse negócio, colecionou vários outros ao longo da carreira – como as agências Mídia Digital, i-Cherry e Agência Casa.

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Quer saber mais sobre o que vem por aí na sua profissão? Você vai poder conversar sobre as tendências e novos caminhos do mercado de trabalho pelos olhares de quem é destaque na área. Se você ficou interessado em saber mais sobre o assunto e quer ouvir outras dicas sobre como se atualizar para não ficar para trás na carreira, não perca a próxima edição do Papo U da Gazeta do Povo que será realizado no dia 26 de outubro, na Unicuritiba.

Serão quatro palestrantes experientes em tendências de mercado e profissões que vão ajudar os jovens a se ligarem no caminho certo: a coolhunter e diretora da Berlin, Andrea Greca; o advogado, jornalista e presidente da Comissão de Inovação e Gestão da OAB-PR, Rhodrigo Deda; o CEO da PipeFy, Alessio Alionso; e o CEO Latin America da Mirum, Guilherme Gomide.

Data: 26/10

Horário: 19h

Local: Unicuritiba – grande auditório

Vagas limitadas. Inscreva-se em www.gazetadopovo.com.br/papou

A aposta do publicitário foi sempre em tecnologia, em tentar olhar para aquilo que ninguém estava olhando no momento e não ter medo de investir em algo que inicialmente parecia oferecer pouco retorno financeiro. Errou bastante, fechou algumas empresas. Mas no final o saldo foi positivo e hoje, além da agência que comanda, investe em diversas startups. É sobre essa trajetória e as transformações na Publicidade que ele vai falar no dia 26 de outubro, como convidado do Papo U da Gazeta do Povo. O evento acontece na Unicuritiba, às 19h.

Existe um caminho certo para dar conta de acompanhar todas as mudanças que aconteceram na Publicidade, especialmente nos últimos anos?

Hoje qualquer segmento está mudando muito rápido. O que funcionava há dois, três anos não necessariamente funciona mais. Mas não existe uma fórmula. O profissional tem que pesquisar tendências e apostar em coisas que ainda não tem tanta demanda, que não são mainstream, carreiras que no momento não são tão valorizadas.

Foi, por exemplo, o caso do arquiteto de informação. Este profissional há uns cinco ou seis anos ganhava muito pouco, era mal remunerado. Não era uma demanda tão latente quanto a que existe hoje. Quem se interessou lá atrás agora está bem. Por isso é importante ficar atento a áreas que ainda não caíram no gosto da maioria.

E como ter essa visão antecipadora de tendência?

Quando comecei, que foi ainda durante a faculdade, em 1991, já atuava com mercado digital. Mas ainda tinha muito pouco disso no pais, então era como quebrar pedra todos os dias. Naquela época era muito mais difícil, mas o caminho é sempre a leitura, buscar as fontes corretas de informação. Tem que ter atitude de um jovem que está o tempo todo querendo dar um passo à frente, seja em tecnologia ou em conhecimento teórico. Eu, por exemplo, sei que a educação vai mudar muito. Como ela existe hoje é incompatível com o ambiente tecnológico em que as pessoas vivem. É um assunto que desconheço e que tento me aprofundar porque sei que será necessário.

Também sempre fui muito autodidata e isso é importante. Quando comecei a carreira tinha pouca informação pela internet, poucos cursos online. Então investi muito em viagens ao exterior para fazer cursos. Mas hoje não é preciso gastar tanta energia, ter tanto dispêndio financeiro para aprender. É claro que tem suas vantagens culturais, mas para se atualizar temos acesso à informação digital bem fácil.

Quais as suas apostas para o futuro da Publicidade e da comunicação em geral?

O que digo muito aos estudantes quando ministro palestra é que a Publicidade como era há vinte anos não existe mais e vai ser ainda mais diferente nos próximos dez, e não apenas no aspecto tecnológico. Hoje se usa muita métrica, observação do comportamento do consumidor, sabe-se por onde ele passou no ambiente online. Isso tudo transformou a Publicidade como nunca.

Acho que quem sai agora da faculdade não está preparado para encarar essa realidade. Falta juntar a emoção com a razão, que é dar um lado mais racional à publicidade usando muita análise de dados. Não que o aspecto criativo da profissão deva ser deixado de lado, mas tem que aplicar mais ciência do que nos últimos vinte anos.

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