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Katiuscia no cenário: pré-produção e gravação durou dois meses na capital. | /Divulgação
Katiuscia no cenário: pré-produção e gravação durou dois meses na capital.| Foto: /Divulgação

“Tudo Tudo” não é força de expressão para o novo programa de Katiuscia Canoro, afastada das telinhas desde a mudança de direcionamento de “Zorra Total”, humorístico da Globo. A atriz curitibana entrou em um período vertiginoso de produção para realizar o programa que estreia nesta segunda-feira (03) e vai ao ar ao longo desta semana, às 23h, no canal Multishow. Todo gravado em Curitiba, o humorístico foi realizado pela Fantástica Filmes, produtora paranaense.

“Já era um sonho antigo produzir algo em Curitiba. O artista daqui é diferente. Ele não está pensando no que as pessoas vão falar (sobre), ele está pensando no (trabalho) que vai fazer. Eu sabia que se eu fosse fazer isso no Rio, não aconteceria da mesma maneira”, elogiou a atriz, que contracenou, entre outros nomes do teatro paranaense, Adriano Petermann.

São seis episódios, que contam com esquetes variados, criados a partir de perguntas e ideias colhidas com o público pelas redes sociais. Dirigida pelo marido, o artista croata Marin Nekic, Katiuscia vai provar sua versatilidade em múltiplos tipos e situações, inclusive como ela mesma. Entrevistas, piadas, quadros musicais. Tudo cabe no programa, pensado para reproduzir a dinâmica da internet, de rapidez a toda prova.

“A gente queria fazer algo diferente, principalmente visualmente. ‘Tudo Tudo’ tem um conceito de figurino e um conceito de arte. Tudo foi pensado para que não fosse simplesmente um programa de humor”, diz a atriz, que ficou popular por seu personagem Lady Kate, que também deve aparecer no programa, assim como outros tipos que criou e apresentou no programa global, dos quais diz não se cansar.

“Se eu tivesse liberdade para fazer esses personagens em todas as situações, não seria difícil, porque são muito completos e complexos, têm uma história. Então, em qualquer situação que você os coloque, eles vão existir. Como eu e como você”, lembra a atriz, sobre Beiradinha, um músico sertanejo que toca com o parceiro na rua, e Umbelinda, uma assistente social “voluntária”.

Em Curitiba

O número de episódios modesto disfarça o enorme volume de trabalho necessário para levar o projeto a cabo. Entre pré-produção e filmagem, foram dois meses. Foram utilizadas 35 locações em Curitiba e cidades da Região Metropolitana. Vai ser possível reconhecer cenários do Centro, como o Largo da Ordem. Cerca de 50 profissionais estavam envolvidos na produção. Só de elenco, são 118 nomes.

Katiuscia ficou encantada com esse novo contato com as raízes. “Existe uma preocupação com qualidade que não tem em outros lugares. E aqui em Curitiba você tem tudo o que precisa”, diz ela, que foi criada no Rio e voltou à terra natal aos 18 anos. “Minha formação é daqui. Aprendi a trabalhar aqui, a ter amor pela profissão e profissionalismo. Aqui, um ator sabe montar uma luz, arrumar o próprio cenário, operar o som e fazer a própria maquiagem”, afirma.

Era exatamente esse o clima que ela estava buscando, após deixar a Globo. “Artisticamente eu precisava de um espaço maior, para me reinventar. Sempre fui uma atriz criadora e o ‘Zorra’ passou por uma transformação onde não caberia esse criativo”, afirma.

Resolveu deixar também o Rio. Mudou-se, com o marido e o Pepe, o filho pequeno do casal, para Florianópolis. “No Rio era muito complicado porque você tem uma vida social muito limitada quando você é artista. Tem paparazzi na rua o tempo inteiro, sair de casa para ir na padaria já é um evento”, lembra ela, que atuou no cinema em “A Esperança é a Última que Morre” (2015) e “Tô Ryca”, ainda em cartaz.

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