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 | Felipe Rosa/Tribuna do Paraná
| Foto: Felipe Rosa/Tribuna do Paraná

Grupo formado por cerca de 20 pessoas se reuniu no início da tarde desta terça-feira (25) em frente ao Palácio Iguaçu, em Curitiba, para pedir a transferência do ex-presidente Lula da superintendência da Polícia Federal, no Santa Cândida. O petista está detido na sede deste o dia 7 de abril. A expectativa dos organizadores era juntar 200 pessoas. Além de moradores do bairro, havia também representantes de grupos apoiadores da Lava Jato e o Movimento Brasil Livre (MBL),

Na primeira parada, o movimento permaneceu em frente ao Palácio Iguaçu por uma hora e, na sequência, passou pela prefeitura de Curitiba e seguiu pelas ruas centrais da cidade. Os manifestantes encerraram o ato pouco depois das 16h30, em frente ao prédio da Justiça Federal (JF), onde permaneceram por cerca de dez minutos.

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Na Justiça Federal, eles falaram mensagens destinadas ao juiz Sergio Moro, responsável pelo processo da Lava Jato em primeira instância. Pediram que as medidas que impedem os protestos na região sejam cumpridas e também reclamaram do que seria a falta de fiscalização da prefeitura no local do acampamento.

Segundo o grupo, o motivo da manifestação não foi político, mas a grande concentração de pessoas no entorno da Polícia Federal, o que atrapalha a vizinhança. Desde que Lula foi detido, centenas de manifestantes passaram a se reunir nos arredores da superintendência. Um dia após a prisão do ex-presidente, um acampamento chegou a ser montado uma quadra abaixo do prédio, mas foi deslocado para outra parte da cidade – ainda próximo da PF – após um acordo intermediado pelo Ministério Público.

Assim como os motivos que levaram à mudança de local do acampamento, os moradores alegam perturbação com a presença dos militantes, que ainda podem fazer vigília durante o dia na quadra da Polícia Federal.

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O analista de suporte Cláudio Arão Oliveira, 50, um dos representantes dos moradores do Santa Cândida no carro de som, contou que 50 vizinhos do entorno da PF se organizaram e protocolaram um abaixo-assinado nos órgãos públicos para que as manifestações terminem. “Há um clima de intimidação na vizinhança, tem música alta acima dos decibéis permitidos e outros incômodos que só nós sabemos, por isso resolvemos expor a nossa situação com um abaixo-assinado. É o jeito de formalizar uma reclamação e pedir para a lei seja cumprida”, reclama.

Também presente no ato, Vivian Comin, 41, consultora de seguros e moradora do entorno da PF, fez questão de destacar o objetivo da manifestação, que, segundo ela, foi fazer valer o direito de todos. “Lá, são 20 casas com moradores de mais de 70 anos. Queremos respeito quanto a isso. Não estamos representando partido nenhum aqui, apenas queremos que as leis sejam cumpridas e que o nosso direito de poder ir e vir continue valendo. Não queremos atrapalhar ninguém, mas algo precisa ser feito”.

Recentemente, a direção da Polícia Federal de Curitiba também pediu à Justiça que o ex-presidente Lula seja transferido para uma prisão mais adequada. A PF argumenta que está tendo gastos elevados com a presença de Lula (R$ 150 mil em 15 dias e que podem dobrar no mês), que a movimentação diária de políticos e outras pessoas na sede da Polícia Federal está atrapalhando a rotina de trabalho e que há riscos na realização de um grande ato agendado para 1.º de maio em Curitiba, do qual devem participar todas as centrais sindicais.

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