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Sem tempo hábil para ver a indicação da placa, carro se confunde e acaba em cima da faixa no caminho para o aeroporto. | Cecília Tümler/Gazeta do Povo
Sem tempo hábil para ver a indicação da placa, carro se confunde e acaba em cima da faixa no caminho para o aeroporto.| Foto: Cecília Tümler/Gazeta do Povo

Para muitos motoristas, o caminho para o Aeroporto Afonso Pena, em São José dos Pinhais, é marcado por muitos transtornos e dores de cabeça. Quem não está habituado com a região normalmente se confunde com os problemas de sinalização e as barreiras improvisadas, que não apenas complicam a viagem de muita gente como ainda elevam os riscos de acidentes. E tudo isso por causa do descumprimento do contrato de um pacote de melhorias para a Copa do Mundo de 2014, o que resultou em um cenário de obras inacabadas.

O principal problema, de acordo com comerciantes do entorno, é a placa que indica a divisão da Avenida das Torres em BR-376, via que leva ao aeroporto e via que leva para os bairros da cidade. A sinalização que indica essa separação fica exatamente em cima da bifurcação da rua, não deixando tempo hábil para os motoristas identificarem onde devem dobrar. Isso faz com que muitos carros acabem arriscando manobras para atravessar as pistas, errando o caminho e, em alguns casos, se envolvendo em acidentes.

Cecília Tümler/Gazeta do Povo

“É um absurdo, essas obras estão paradas há anos e toda semana eu vejo carros batendo aqui. E todo dia vejo outros quase batendo ou fazendo manobras estranhas ”, reclama Elilson Zagabria, proprietário de uma oficina mecânica bem em frente ao ponto e que já foi atingida duas vezes por carros desgovernados. Segundo Zagabria, a situação melhorou um pouco quando a prefeitura de São José dos Pinhais colocou algumas barreiras e sinalização improvisada por ali, há alguns meses. Ainda assim, está longe de resolver o problema.“A placa principal tinha que estar pelo menos 100 metros antes, e quem sabe seria interessante até colocarem sinaleiros”, sugere o proprietário.

Por volta das 15h30, a equipe de reportagem passou 30 minutos acompanhando o movimento no local, e flagrou três veículos tentando retornar, depois de errar o caminho, por cima de um terreno vazio logo em frente à placa. Além disso, dezenas de automóveis mudaram de pista de última hora, fechando outros carros que vinham atrás.

Os problemas de sinalização, na realidade, começam muitos metros antes. Volnei Borges de Araújo, proprietário de uma loja de materiais hidráulicos localizada cerca de 500 metros antes da bifurcação, conta que uma média de cinco pessoas param diariamente para pedir informações por ali. “Todo mundo quer saber exatamente o caminho para chegar ao aeroporto e, como as placas não ajudam, a gente explica”, relata.

Juliana Meira, que trabalha na região e costuma caminhar pelo trecho diariamente, conta que população se incomoda com a situação, mas não conseguiu resolvê-la até então: “Já liguei para a prefeitura, mas eles dizem que não podem fazer nada”. De fato, a prefeitura de São José dos Pinhais explicou por meio de nota que, legalmente, não tem como interceder nas obras, por ser um trecho sob a responsabilidade da Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba (Comec), mas que colocou algumas estruturas pontuais temporárias para tentar sanar o problema.

PAC da Copa

De acordo com a Comec, a obra integra o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Mobilidade Grandes Cidades, do Ministério das Cidades, iniciado para a Copa do Mundo de 2014. Esse ponto faz parte da obra de todo o trecho aeroporto-rodoferroviária, que tem 4,5 km de extensão. Segundo o órgão, cerca de 70% das alterações já estão concluídas.

A Comec explica que “como houve problemas para conclusão da obra, foi aberto um processo administrativo para apurar responsabilidades, que culminou na rescisão de contrato com a empresa executora”. De acordo com a coordenação, esse processo seria burocrático e precisou passar por várias fases. A previsão inicial para conclusão da ponte era outubro de 2016.

Agora, a Comec se prepara para lançar novo edital de licitação para execução das obras, o que deve acontecer ainda neste mês. Depois do processo licitatório, e uma vez emitida a ordem e serviço, a previsão é que a obra dure 8 meses.

Colaborou: Cecília Tümler

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