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Mais da metade das negociações salariais envolveram índices superiores à inflação. | Marcos Santos/ USP Imagens
Mais da metade das negociações salariais envolveram índices superiores à inflação.| Foto: Marcos Santos/ USP Imagens

O balanço das negociações salariais acompanhadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), por meio do Sistema de Acompanhamento de Salários (SAS), mostra que 52% das negociações realizadas em 2015 foram fechadas com ganhos acima do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) anual. A inflação por este indicador acumulou alta de 11,2% no ano passado e, a partir dessa variação, os trabalhadores garantiram aumento real médio de 0,23%.

Foram analisados os reajustes de 708 unidades de negociação da indústria, comércio e serviços em quase todo o território nacional no ano passado. De acordo com o SAS/Dieese, 30% das negociações foram fechadas contemplando reajustes igual à inflação medida pelo INPC em 2015. Outras 18% fecharam com ajustes inferiores ao INPC.

A despeito do porcentual de reajustes com ganho real acima da inflação no ano passado, o Dieese chama a atenção para o fato de que “uma das principais características das negociações salariais em 2015 ter sido o aumento na proporção dos reajustes em valor igual ou abaixo da variação do INPC”.

Ainda de acordo com os técnicos do Dieese, desde 2004 não se observava um resultado tão desfavorável para os trabalhadores. Naquele ano, dizem, cerca de 19% dos reajustes ficaram abaixo da inflação, 26% tiveram valor igual e 55% resultaram em ganhos reais aos salários, patamares muito próximos aos observados em 2015.

A variação media real dos reajustes em 2004, contudo, foi de 0,61% acima da inflação, quase três vezes o ganho real de 0,23% apurado no ano passado.

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