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O mercado financeiro interpretou como negativas as declarações da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, de que as licitações de sete trechos de estradas federais poderão ser revistas.

A previsão inicial era de que as regras, assim como o edital, fossem divulgadas no início deste ano.

Logo após a notícia, as ações de empresas ligadas à construção de estradas tinham forte queda da Bolsa de Valores de São Paulo.

Os papéis da Companhia de Concessões Rodoviárias (CCR) caíam 7,16%, para R$ 25,51. A empresa entrou recentemente na carteira teórica do índice Ibovespa, com um peso de 1,3%.

Já as ações da OHL, com sede na Espanha, recuavam 12%, para R$ 28,60.

- O discurso da Dilma foi muito dúbio. O processo de licitação estava todo encaminhado para ser divulgado agora, no início do ano, e houve uma reversão muito grande. O setor tinha uma expectativa de que as licitações acontecessem no curto prazo - avalia o analista de investimentos do Banco Modal, Eduardo Roche.

Segundo Dilma, ainda não há uma decisão tomada, mas o governo avalia como imprescindível a presença de investimentos privados, seja via concessão ou (Parceria Público-Privada) PPP, assim como a de investimentos públicos.

A ministra acrescentou que o sistema de logística tem que ter o menor custo, porque afeta todos os outros custos do país.

- É uma orientação do presidente no sentido da gente avaliar as concessões - disse a ministra sobre o estudo que será feito pela Casa Civil, ministério dos Transportes e Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).

Dilma garantiu que as atuais concessões existentes não serão canceladas e explicou que uma das razões para a reavaliação dos trechos é que as obras de quatros estradas previstas para concessão já haviam sido feitas. A ministra diz que espera que o estudo seja concluído o mais rápido possível e ressaltou:

- Não temos posição definida. Estamos fazendo uma avaliação.

Segundo ela, vários fatores, como a queda na taxa de juros, podem influir na tarifa de pedágio a ser cobrada. A ministra afirmou que o governo pretende lançar, ainda este ano, um novo edital, mas não descartou manter o edital no formato em que está.

O ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, evitou comentar o assunto mas afirmou que a licitação está em avaliação.

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