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O mercado financeiro repercute negativamente a divulgação de uma queda de 1,9% do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre. O dólar comercial volta a subir, depois de fechar na véspera na menor cotação das últimas três semanas, e a Bolsa de Valores volta a ficar no campo negativo, a despeito da melhora nos mercados asiáticos.

Às 10h15, o Ibovespa recuava 1,56% aos 46.972 pontos. Já o dólar comercial apresentava, no mesmo horário, uma alta de 0,42% sendo negociado a R$ 3,567 na venda. Na véspera, a moeda americana apresentou sua maior queda em quase três semanas (1,33%), encerrando o pregão cotada a R$ 3,552 para venda.

Os investidores repercutem o resultado do PIB, que no segundo trimestre recuou 1,9% em relação ao primeiro e 2,6% na comparação com o mesmo período do ano passado. A retração veio acima do que esperavam os analistas ouvidos pela Reuters, que estimavam uma queda de 1,7% e 2%, respectivamente, na comparação trimestral e anual.

“A queda do PIB veio um pouco acima do esperado, mas já era esperada pelo mercado. Na prática, o PIB é mais um elemento do momento negativo dos números da economia brasileira. As dificuldades fiscais do país, que ontem divulgou um déficit de R$ 9 bilhões em suas contas no ano, ficaram mais aparentes. O número coloca em xeque a previsão de superávit para 2016. Também traz desconforto aos investidores o fato de não haver um consenso no governo sobre como melhorar as contas. A ideia de trazer a CPMF é defendida pela Fazenda, mas não pelo Planejamento. A grande questão é que não se vê uma luz no fim do túnel e os mercados reagem negativamente”, explica o economista-chefe da SulAmérica Investimentos, Newton Rosa.

Na Ásia, as bolsas chinesas fecharam em forte alta depois dos ganhos nas Bolsas americana na quinta, impulsionados por uma melhora da economia americana. O PIB americano cresceu 3,7% no segundo trimestre, em termos anualizados. Além disso, novas medidas do governo chinês para estimular o mercado também animaram os investidores em Pequim, após cinco dias de pânico nos mercados globais.

Os fundos de pensão locais da China vão começar a investir 2 trilhões de iuanes (US$ 313,05 billhões) assim que possível em ações e outros ativos, disseram autoridades chinesas. Além disso, o Banco do Povo da China (Pboc, o banco central do país) fez uma nova injeção de capital no mercado financeiro do país, no valor de 60 bilhões de iuanes (US$ 9,365 bilhões), por meio de operações de liquidez de curto prazo.

Na terça-feira, o Pboc reduziu as taxas de juros e a taxa do compulsório bancário, além de injetar outros 150 bilhões de iuanes com operações de recompra reversa. O principal índice da bolsa em Xangai subiu 4,9% para 3.234 pontos.Na semana, porém, o índice acumulou perdas de 7,9%. Na Europa, os principais índices acionários apresentam queda, devolvendo os ganhos dos últimos dias, enquanto nos Estados Unidos o dia é de ganhos. O Dow Jones sobe 2,37%, enquanto o S&P tem alta de 2,43%.

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