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A queda dos preços de petróleo e de minério de ferro foi tão grande que nem mesmo o volume recorde de exportação desses produtos salvou a balança comercial brasileira. Apesar do superávit de US$ 458 milhões em março – o primeiro saldo positivo do ano até agora, a conta de comércio exterior do país atingiu no primeiro trimestre do ano um déficit de US$ 5,557 bilhões, o segundo pior resultado para o período nos últimos 35 anos.

O Brasil nunca exportou tanto minério de ferro e petróleo como nos três primeiros meses do ano. Foram 79,3 milhões de toneladas de minério de ferro, alta de 10,5% em relação ao mesmo período de 2014, e 8,5 milhões de toneladas de petróleo, aumento de 87,8%. Porém, houve queda nos preços de 49,8% no petróleo e de 50,7% no minério de ferro. O resultado foi uma redução nos valores exportados de petróleo e de minério de ferro, respectivamente de 5,8% e de 45,5%.

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Segundo o diretor de Estatística e Apoio à Exportação do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Herlon Brandão, essa tendência vai continuar a influenciar a balança ao longo do primeiro semestre.

A queda dos preços das commodities também já prejudica a soja. O preço do grão caiu 21,2% nos três primeiros meses do ano em relação ao mesmo período de 2014.

Para o presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro, o efeito da desvalorização do real nas exportações só deverá ser sentido a partir do final do segundo trimestre. “Aquele câmbio que todos estão dizendo que vai resolver o problema das exportações poderá até resolver, mas não resolveu até agora.”

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