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Papinha estava cheia de larvas e fungos | Lucas Fabrício Salamon / Divulgação
Papinha estava cheia de larvas e fungos| Foto: Lucas Fabrício Salamon / Divulgação

Os bancários de Curitiba e região metropolitana decidiram, no início da noite desta quarta-feira (26), aceitar a proposta de reajuste salarial da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), colocando fim à greve da categoria. Com isso, os bancos da Grande Curitiba voltam a funcionar já na manhã de quinta-feira (27). Foram nove dias de greve, que fechou bancos em diversas regiões do estado.

A decisão ocorreu durante a assembleia da categoria, realizada pelo Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região, no bairro Rebouças. De acordo com o presidente do sindicato, Otávio Dias, todos os itens da proposta foram aprovados pela categoria.

A oferta eleva para 7,5% o índice de reajuste dos trabalhadores (aumento real de 2.02%) e para 8,5% o aumento do piso salarial indo para R$ 1.519, assim como os auxílios-refeição e alimentação (ganho real de 2,95%). A proposta também prevê reajuste de 10% na participação de lucros e resultados (PLR).

Para Dias, o resultado da greve foi positivo, porque os bancários conseguiram índices satisfatórios de reajuste salarial, em um período de greve menor do que o do ano passado.

"Conseguimos obter uma boa proposta, em um tempo curto. Um setor que tem ganhos astronômicos deve tratar os trabalhadores de uma melhor forma", disse.

Interior

Os bancários de Maringá, Londrina e respectivas regiões decidiram, em assembleias realizadas nesta quarta-feira (26), encerrar a greve da categoria, que durava mais de uma semana.

Os bancários de Maringá decidiram, em assembleia, suspender a greve da categoria, na manhã quarta-feira (26). De acordo com o presidente do Sindicato dos Bancários de Maringá e Região, Claudecir de Souza, as atividades em todas as agências bancárias foram retomadas ao meio-dia.

A suspensão da greve foi decidida em assembleia que contou com cerca de 350 bancários da região. A greve dos bancários gerou alguns transtornos em Maringá. Após sete dias de greve, a reportagem constatou que havia filas nos correspondentes bancários da cidade que incomodaram muitos clientes. "É complicado. Nem todos os serviços do banco conseguimos fazer na lotérica", comentou o impressor Vanilson Lara de Jesus. "Estou achando péssimo, horrível. Você tem ficar o dia inteiro andando para ainda encontrar essas filas grandes", disse a vendedora de joias Alice Ribeiro em entrevista na segunda-feira (24).

O diretor de imprensa do Sindicato dos Bancários de Maringá e Região, João Francisco Pacheco, explica que o valor do vale refeição atual passará de R$ 435,16 para R$ 461,34, enquanto o auxílio cesta passará de R$ 339,09 para R$ 359,42. No total, o auxílio alimentação recebido pelos bancários será de R$ 840,05 a partir do próximo mês.

Em Londrina, os trabalhadores voltam ao trabalho ainda nesta quarta, mas as agências só vão reabrir para o público a partir de quinta-feira (27). Segundo a secretária-geral do Sindicato dos Bancários de Londrina, Gisa Bisotto, "eles [os funcionários] vão dar vazão a alguns serviços [internos, nesta quarta-feira] para evitar tumultos", explicou. No entanto, os caixas eletrônicos já voltam a oferecer parte dos serviços que ficaram prejudicados durante a greve, como os depósitos.

Fenaban oferece reajuste de 7,5%

A Federação Nacional de Bancos (Fenaban) apresentou nesta terça-feira (25) a nova proposta de reajuste salarial que agradou o Comando Nacional dos Bancários. Em reunião em São Paulo, a proposta oferecida pelo setor patronal foi de 7,5% de reajuste para os salários, o que representa um aumento real de 2%.

A proposta apresentada pela Fenaban contempla reajustes de 7,5% sobre os salários e de 8,5% sobre os pisos salariais, além de aumento de10% sobre a participação nos lucros e resultados (PLR). De acordo com nota da Contraf, considerando o INPC, o aumento real sobre os salários seria de 2,02% e de 2,95% sobre os pisos.

Ao todo, 137 unidades sindicais devem seguir as orientações do comando nacional de greve.

43% das agências do PR estavam fechadas

A greve dos bancários entrou no oitavo dia, na terça-feira, com ampliação do número de agências fechadas no Paraná. Segundo dados da Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Paraná (Fetec-PR), 658 agências bancárias estavam de portas fechadas, por causa da paralisação dos funcionários: 43% das pouco mais de 1,5 mil agências que existem no estado, segundo a Fenaban. Na segunda-feira (24), eram 656 agências fora de operação.

Além das agências, outros nove centros administrativos estavam fechados, todos em Curitiba. Além da capital paranaense, a greve provocou a paralisação das atividades em agências de Arapoti e nas regiões de Campo Mourão, Cornélio Procópio, Guarapuava, Londrina, Paranavaí e Umuarama.

Apesar da ampliação do número de agências paradas, o número de grevistas no Paraná caiu de 20 mil (registrados na segunda-feira) para cerca de 14,5 mil (nesta terça-feira). Segundo o sindicato dos bancários, a redução foi provocada por conta de interdito que a Justiça concedeu ao HSBC, proibindo piquetes e que possibilitou que quatro centros administrativos do banco em Curitiba voltassem ao trabalho.

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