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Na estratégia de diversificar suas fontes de captação, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) pretende captar em torno de R$ 8 bilhões com emissões no mercado brasileiro.

Neste ano, o banco já captou em torno de R$ 3 bilhões com Letras de Crédito do Agronegócio (LCA), mas a estratégia tem limites, pois essas fontes são mais caras e servem apenas para os montantes de crédito do BNDES emprestados com taxas de mercado.

Até o fim do ano, a captação com LCAs poderá chegar a de R$ 4 bilhões a R$ 5 bilhões, informou o superintendente da Área Financeira do banco, Selmo Aronovich. As emissões de LCA são lastreadas na carteira de crédito do agronegócio do banco, mas os recursos levantados podem ser usados para qualquer tipo de empréstimo, explicou o executivo. Além disso, segundo Aronovich, o BNDES está estudando emitir outros títulos, como Letras Financeiras (Lfs).

As emissões fazem parte da estratégia do BNDES de diversificar suas fontes de captação, já que o Ministério da Fazenda decidiu suspender os aportes do Tesouro Nacional por meio de empréstimos e o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), fonte principal do BNDES conforme definido na Constituição Federal, vem apresentando saldos negativos nos últimos anos.

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Juros

Conforme Aronovich, a diversificação de fontes de captação poderia ser maior, se houvesse mais demanda por recursos do banco de fomento com juros de mercado.“A carteira do BNDES tem lastro para emitirmos R$ 20 bilhões em LCA, mas não tem demanda para isso”, disse o executivo.

A demanda é pequena porque as empresas vão ao BNDES em busca dos juros subsidiados. Os recursos do FAT e, a partir de 2009, os aportes do Tesouro, são baseados na TJLP (a taxa de juros de longo prazo, hoje em 6,5% ao ano), referência dos financiamentos do banco de fomento.

A captação com LCAs e LFs é referenciada na taxa básica de juros (Selic, hoje em 14,25%). As LFs tendem a ter custo ainda maior que as LCAs, pois os papéis atrelados ao agronegócio são isentos de Imposto de Renda para o investidor. Assim, os recursos captados com LCA e LFs têm que ser direcionados para empréstimos com juros mais caros para evitar o descasamento entre as taxas de captação e de concessão de crédito, explicou Aronovich.

Desde que mudou sua política operacional, para reduzir a participação do crédito subsidiado, o BNDES passou a oferecer aos clientes a possibilidade de o cliente complementar o financiamento com taxas mais caras, mas a demanda por esse complemento ainda não chega ao potencial de captação do banco.

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