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O Movimento União Brasil Caminhoneiro, que convocou a paralisação da categoria desde segunda-feira (30), quer que o governo revogue duas normas da ANTT (Agência Nacional de Transporte Terrestre) e que adie em um ano a implantação de uma nova lei que disciplina a atividade.

De acordo com o líder do movimento, Nélio Botelho, uma das normas da ANTT aumentou o número de permissões para caminhoneiros operarem o que está reduzindo o preço do frete. A outra instituiu a chamada carta-frete, em que os caminhoneiros são obrigados a receber numa espécie de conta bancária.

A carta-frete fez com que as empresas de transportes fossem obrigadas a fazer o depósito em dinheiro para o frete. Antes, esses pagamentos eram feitos com vales que eram trocados pelos caminhoneiros em postos de combustíveis por produtos.O problema da lei, segundo ele, é que ela determina que a cada 4 horas o caminhoneiro fique parado por meia hora. E que ele tenha diariamente descanso de 11 horas por dia.

Nélio disse que se as reivindicações não forem atendidas imediatamente, os caminhoneiros vão continuar parados."A lei foi feita por quem não entende de estrada", afirmou Botelho que está em reunião com representantes do governo no Ministério dos Transportes.O governo já informou que não vai atender a reivindicações enquanto a greve continuar. E marcou uma nova rodada de negociações para 8 de agosto.

Já o presidente da CNTA (Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos), Diumar Bueno, afirmou que a entidade é contrária à greve. Segundo ele, o movimento grevista é patrocinado por empresários do setor de transportes que não estão satisfeitos com as novas regras. Ele afirmou que os caminhoneiros estão sendo pressionados a parar e que três já morreram devido à paralisação. Ele defendeu que a Polícia Rodoviária Federal desbloqueie as estradas para que os caminhoneiros possam trabalhar.

Apesar de não defender a paralisação, Diumar disse que levou ao governo quatro pedidos da categoria para adequações nas novas leis. Segundo ele, com a carta-frete, os caminhoneiros passaram a ter que recolher impostos que chegam a 40% do faturamento. Ele pede que seja reduzida a alíquota de imposto para os autônomos.

Além disso, a confederação também pede um maior tempo para a implantação da lei que disciplinou a atividade. Segundo Bueno, os caminhoneiros não têm onde ficar para cumprir a legislação já que não há pontos de apoio nas estradas. Ele lembrou que a lei previa a criação de pontos de apoio mas esse artigo foi vetado pela presidente Dilma Rousseff.

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