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O governo do estado faz propaganda dos R$ 35 bilhões em investimentos que teriam sido atraídos pelo Programa Paraná Competitivo. Mas não diz que é impossível ao cidadão comum saber detalhes de seu andamento. Quais empresas assinaram protocolos com o estado? Quanto cada uma vai investir? Como está o andamento desses projetos? Qual o volume de arrecadação que está envolvido nos acordos? Essas informações não estão disponíveis no site do programa.

A um pedido de informação feito pela coluna com base na Lei de Acesso à Informação, a Sefa responde que não pode passar informações por causa do direito de sigilo fiscal das empresas. É verdade que esse direito existe, mas uma interpretação assim extrema poderia tornar ilegais até as fotos posadas do governador Beto Richa quando assina protocolos de intenção do Paraná Competitivo. Claramente, o direito de sigilo fiscal não proíbe o governo de divulgar uma lista com o nome das empresas, valor de investimento previsto e status do projeto.

A transparência na divulgação de dados públicos é essencial para que se avalie a qualidade da gestão. No caso do Paraná Competitivo, poderíamos ver se o estado de fato está trazendo empresas novas, ou se está apenas distribuindo benefícios a companhias que já tinham investimentos planejados. Também poderíamos ver a distribuição geográfica dos projetos, a efetivação dos investimentos (muitas empresas desistem no meio do caminho) e o retorno social do benefício fiscal.

em alta

Vale

As ações da mineradora, que não vinham bem nos últimos meses, dispararam na última semana quando a empresa anunciou a produção recorde de minério de ferro no primeiro trimestre.

Sem saber quanto dinheiro está envolvido, é impossível avaliar se o estado não estaria melhor se apoiasse o fim da guerra fiscal e a harmonização de alíquotas de ICMS. O Paraná ficou contra a solução apresentada pelo governo federal, mas talvez ganhasse mais se não precisasse distribuir benefícios fiscais para competir com os estados vizinhos.

em baixa

HSBC

É o único dos grandes bancos do país que ficou no prejuízo no ano passado. Agora, a unidade no Brasil está à venda.

Shoppings

A Abrasce, associação que representa os shopping centers, espera que sejam inauguradas três novas unidades no Paraná nos próximos dois anos, todas no interior. Duas cidades receberão seus primeiros empreendimentos: Umuarama e Guarapuava. Segundo a Abrasce, o setor faturou R$ 6,5 bilhões no Paraná no ano passado, sendo R$ 2,8 bilhões em Curitiba. Com as inaugurações, a vantagem do interior vai aumentar: serão 14 unidades curitibanas e 20 em outras cidades.

São José

O Shopping São José quer brigar por uma fatia maior das vendas na região de Curitiba. Para isso, está reposicionando sua marca, com base em um estudo de mercado que levou 8 meses para ser feito. Localizado em São José dos Pinhais, ele atrai muitos curitibanos (21% dos visitantes são da capital) e quer valorizar os investimentos feitos recentemente em sua revitalização, que incluiu a reformulação da praça de alimentação e paisagismo.

Bamerindus

O antigo banco Bamerindus apresentou seu primeiro balanço anual como Banco Sistema, nova designação dada após a compra no ano passado pelo BTG Pactual. A empresa teve prejuízo de R$ 165 milhões no ano passado devido ao aumento de despesas relacionadas a contingências fiscais, cíveis e trabalhistas.

K&S

Criada em 2008 para atingir em cinco anos a meta de R$ 300 milhões de faturamento, a K&S Alimentos, joint-venture da Kraft e Sadia na área de queijos, alcançou no ano passado uma receita de R$ 139 milhões. Apesar de ainda longe do objetivo inicial, a empresa que fabrica o Philadelphia apresentou um crescimento de 24% no ano passado. O lucro do negócio dobrou, passando de R$ 47 milhões em 2013 para R$ 10,4 milhões em 2014.

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