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Em fevereiro ficou claro que a crise bateu em cheio no emprego. Pela primeira vez desde 2011 houve queda no rendimento médio e a taxa de desemprego embicou para cima. Com isso, o quadro de recessão fica completo e a pressão popular tende a crescer, embora isso pouco afete o Congresso, que ameaça não aprovar pontos do ajuste fiscal.

3G

O fundo controlado por brasileiros deu mais uma grande tacada ao comprar a Kraft. O negócio tem ramificações no Brasil, onde a empresa norte-americana controla a subsidiária Mondelez, cuja gestão é independente.

Há bons argumentos contra o ajuste proposto pelo governo. O melhor deles é o de que não adianta arrecadar mais sem dizer onde o governo vai cortar. Outro diz que os cortes são contracionistas e, com isso, vão reduzir a arrecadação e exigir mais cortes. Há argumentos melhores a favor do ajuste: a dívida pública precisa convergir para um patamar sustentável, fazendo com que o governo pare de absorver a poupança doméstica; e a inflação precisa voltar para a meta, sem malabarismos fiscais e energéticos.

Setor aéreo

Pressionado pela alta do dólar, que eleva custos e diminui a demanda por voos internacionais, as empresas aéreas brasileiras estão revisando suas rotas e devem reduzir a oferta de assentos neste ano.

Nos parecemos um pouco com a Grécia, e precisamos entender os riscos de um ajuste mal feito, como lá: assumir o custo de mais impostos e menos gastos públicos sem fazer reformas que melhorem a competitividade e sem recuperar a confiança. O resultado é uma espiral recessiva longa, com desemprego muito alto e, no fim, um Estado que continua gastando muito mais do que arrecada.

A pressão do desemprego, portanto, deveria ser um ingrediente para forçar os políticos a aceitarem o ajuste como uma ação necessária antes que a situação piore. Mas há sempre a hipótese populista no radar: o desemprego pode levar à suavização das decisões difíceis na busca da manutenção do nível do emprego. Lembrando: foi o que o governo Dilma fez nos últimos três anos, empurrando o problema para a frente. Coisa que parte do Congresso pode estar fazendo agora.

A economia depende da política para decidir para onde vai. Este é um momento decisivo para que o ajuste fiscal funcione como ponto de partida para a criação de um país mais estável. O governo ainda não deixou claro quais as reformas que viriam após um ajuste bem-sucedido. O lema da pátria educadora é muito pouco para criar empregos de qualidade, inserir a indústria em cadeias globais e aumentar o potencial de crescimento.

Copel

O crescimento de 21% no lucro da Copel, que chegou a R$ 1,3 bilhão ano passado é uma ótima notícia para seus acionistas. A empresa vai distribuir 50% do lucro em dividendos e juros sobre o capital próprio. Será o valor mais alto da história. A maior parte dos R$ 622 milhões propostos pela empresa já foi paga no ano passado. Há mais R$ 240 milhões para serem pagos. O governo do Paraná, que tem 30% da empresa e está com as contas em frangalhos, torce para o dinheiro cair logo na conta.

Tivit

A empresa de tecnologia Tivit inaugurou sua segunda unidade em Curitiba. A operação da empresa na capital teve início em 2010 e já absorveu R$ 10 milhões em investimento. A nova sede dará apoio para a ampliação dos serviços de cloud computing, desenvolvimento e suporte de sistemas. A expectativa da Tivit é crescer 30% no Paraná neste ano com o aumento da capacidade de atendimento.

Rocha

A Rocha Terminais Portuários e Logística, empresa com sede em Paranaguá, teve um lucro de R$ 9,9 milhões no ano passado, abaixo dos R$ 41 milhões de 2013. O faturamento da companhia cresceu 17%, de R$ 177 milhões em 2013 para R$ 207 milhões em 2014. Além da operação portuária em Paranaguá, a Rocha tem participação na Cattalini, que opera granéis líquidos, no Porto Seco de São Francisco do Sul, entre outras empresas do setor portuário.

Fomento Paraná

A Fomento Paraná vem ampliando suas linhas de crédito para o setor privado. Em 2014, foram liberados R$ 146,5 milhões para empreendedores privados, valor 165% maior do que os R$ 54,4 milhões de 2013. A carteira total de crédito da instituição, que tem historicamente foco maior no setor público, cresceu de R$ 673,7 milhões para R$ 853,1 milhões. A Fomento destaca a evolução dos contratos de microcrédito, que já são 6,5 mil e compõem uma carteira de R$ 42 milhões. Em 2010, eram apenas R$ 8,9 milhões direcionados ao microcrédito.

PCHs

O setor de pequenas centrais hidrelétricas (PCHs), representado pela (ABRAPCH), promoveu um encontro na última semana para discutir seu futuro. O principal pleito é que haja mais agilidade na concessão de licenças para as pequenas usinas. Segundo cálculos do setor, há hoje 9 mil MW em empreendimentos protocolados na Aneel, sendo que 7 mil MW estão em análise. É um volume de energia próximo ao que pode ser produzido pelas usinas do Rio Madeira, Jirau e Santo Antônio. A vantagem é que a produção é descentralizada e as obras menos suscetíveis a atrasos. Bons argumentos em tempos de crise elétrica.

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