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Elas foram a Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás, Paraguai e, mais recentemente, a São Paulo. Agora, pela primeira vez, uma cooperativa paranaense desembarca no Rio Grande do Sul. A C.Vale, de Palotina (Oeste do Paraná), assume o controle operacional da gaúcha Marasca, empresa com sede em Cruz Alta.

O anúncio, realizado na última sexta-feira (31) pelos presidentes das duas companhias, Alfredo Lang e Vitor Bento Marasca, não citou valores. O faturamento das duas empresas, no entanto, revela um negócio bilionário. Em 2014, a C.Vale registrou receita de R$ 4,64 bilhões e a Marasca de R$ 1,24 bilhão. O acordo operacional pode ser o primeiro passo para uma futura aquisição da companhia.

Localizada no Centro-Norte do estado, um dos grandes diferenciais de Cruz Alta à produção agrícola está na logística diferenciada. O entroncamento rodoferroviário estruturado na região, que privilegia a composição multimodal, entre rodovia e ferrovia, favorece também custos e escala ao transporte de grãos.

O faturamento das duas empresas revela um negócio bilionário. No ano passado, a C.Vale registrou receita de R$ 4,64 bilhões e a Marasca de R$ 1,24 bilhão. O acordo operacional pode ser o primeiro passo para uma futura aquisição da companhia gaúcha pela paranaense.

A C.Vale assume a operação de 26 unidades de grãos e insumos da Marasca em território gaúcho. Com mais de 50 anos de fundação, e agora com atuação em cinco estados brasileiros e no Paraguai, a cooperativa tem negócios na área de grãos, leite, suínos, frango e mandioca. Emprega atualmente 6,8 mil pessoas e conta com mais de 16 mil cooperados. A Marasca tem 500 funcionários e trabalha com 3,5 mil produtores rurais. Com investimento de R$ 80 milhões, a cooperativa também anunciou na semana passada que vai e entrar no mercado de peixes.

Ao lado da Coamo, com sede em Campo Mourão, a C.Vale é outra gigante do cooperativismo. No ano passado, as duas juntas registraram faturamento de R$ 13,24 bilhões, o equivalente a mais de 25% ou um quarto da receita de todo o sistema cooperativo no Paraná, que em 2014 superou os R$ 50 bilhões.

Atuação reforçada

A Seara, com sede em Sertanópolis, Norte do Paraná, é outra empresa paranaense bilionária com presença em Cruz Alta, onde trabalha com originação, venda e transporte multimodal de grãos. Empresa de logística fundada há 60 anos, também está presente na agroindústria, de alimentação humana e animal, no negócio de fertilizantes e de armazenagem nos três estados do Sul, além de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e São Paulo.

Com terminais rodoferroviários exclusivos em Londrina, Marialva, Paranaguá e Itiquira (MS), em 2014 a Seara Agronegócio teve faturamento de R$ 2,8 bilhões. São mais de 600 funcionários, uma frota de 1.230 vagões e 100 caminhões bi-trem, além de mais de 1.500 caminhões agregados.

Com a chegada da conterrânea C.Vale, a Seara alimenta a expectativa de ampliar sua atuação na região de Cruz Alta e no Rio Grande do Sul.

Praga globalizada

A lagarta Helicoverpa armigera, que surgiu na Austrália e já infestou lavouras na Ásia e Europa, chega aos Estados Unidos. No Brasil, está presente desde a safra 2012/13. Os prejuízos ao agronegócio mundial estão na casa dos bilhões de dólares. O primeiro registro em lavouras comerciais norte-americanas foi confirmado na semana passada. Estudo da Universidade de Minnesota indica que o valor anual das culturas em regiões de condições climáticas ideais à proliferação da lagarta totaliza mais de US$ 840 milhões. A lagarta se multiplica muito rapidamente e na fase adulta (mariposa) pode voar até mil quilômetros em três dias.

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