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As contas externas brasileiras tiveram um rombo de US$ 6,9 bilhões no mês passado, informou o Banco Central (BC) nesta terça-feira (26). A previsão era de um déficit em transações correntes – todas as trocas de serviços e do comércio do Brasil com o resto do mundo – de US$ 6 bilhões. Mesmo acima da projeção do governo, o resultado negativo é 25% menor que o déficit do mesmo mês do ano passado. É o início do ajuste das contas externas.

A expectativa do governo é diminuir cada vez mais esse déficit na esteira do dólar alto. Com a divisa mais cara, fica mais fácil exportar e menos vantajoso gastar com importados. A expectativa do BC é que o momento atual do câmbio favoreça a contabilidade do país. “Esse comportamento é coerente com a nossa projeção [de déficit de US$ 84 bilhões neste ano]. O ajuste começou. Deveremos continuar observando isso nos próximos meses”, disse o chefe do departamento econômico do BC, Túlio Maciel.

Nos quatro primeiros meses do ano, as transações correntes tiveram déficit de US$ 32,5 bilhões. É 12% menor que o rombo do mesmo período do ano passado. Isso mostra uma velocidade maior do ajuste que a vista no primeiro trimestre do ano, quando o déficit era 8% menor que o registrado nos três primeiros meses de 2014. O BC projeta para este mês um déficit também bem menor que no ano passado – US$ 5,4 bilhões.

Mas, se o dólar mais caro estimula as exportações, freia o ímpeto do brasileiro em viajar para o exterior. Os gastos do turistas caíram nada menos que 30% em abril na comparação com o mesmo período do ano passado. No mês, os viajantes deixaram US$ 1,6 bilhão fora – contra US$ 2,3 bilhões no mesmo mês de 2014. Só que o dólar valorizado não trouxe mais turistas para o Brasil. Pelo contrário, os gastos dos estrangeiros caíram 18% em relação a abril de 2014, ano da Copa do Mundo.

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