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São Paulo - Com um crescimento de vendas de 48,3% em relação ao ano passado, tratores populares, de pequeno porte e usados basicamente na agricultura familiar, ajudaram a compensar a queda no mercado de máquinas agrícolas no país. Pela primeira vez, o segmento formado por veículos com capacidade de até 75 cavalos (cv) de potência representa cerca de 70% das vendas de tratores. A participação em anos anteriores atingiu no máximo 45%.

De janeiro a julho, foram vendidos 12.431 tratores pequenos, ante 8.382 em igual período do ano passado. Foi o único segmento a escapar da crise, que também fez estragos na área agrícola. A venda de tratores como um todo (incluindo os de médio e grande portes) caiu 4,5%, enquanto a de tratores de esteira teve redução de 25,6%, a de cultivadores, de 9,1%, a de colheitadeiras, de 36,1%, e a de retroescavadeiras, de 17,8%.

Desde outubro, quando os reflexos da crise financeira internacional se aprofundaram no país, o setor de máquinas agrícolas demitiu 4.168 funcionários, empregando atualmente 14.187 pessoas, segundo dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Au­­tomotores (Anfavea). "Sem o reforço nas vendas de tratores pequenos, a queda no mercado como um todo poderia ter chegado a 20% ou 25%", calcula Flávio Alberto Crosa, diretor de Vendas e Marketing da Agrale.

A dificuldade em obter crédito novo por causa do comprometimento com financiamentos anteriores é um dos fatores que, na visão de Milton Rego, diretor da Case New Holland (CNH), derrubaram as vendas de tratores de grande porte e outros equipamentos. Pelas contas da Anfavea, devem ser vendidas este ano 47 mil máquinas agrícolas, 13,8% menos que em 2008. Até julho, foram comercializadas 27,8 mil unidades, uma queda de 8,5% na comparação com o mesmo período do ano passado. Já a produção deverá ser 23,5% menor.

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