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A diretora do FMI (Fundo Monetário Internacional), Christine Lagarde, advertiu nesta sexta-feira (6) que o crescimento mundial registra desaceleração e será inferior ao previsto há três meses pela instituição. "O que posso dizer é que está com tendência de baixa e que será certamente inferior às previsões que publicamos há três meses", disse Lagarde em um fórum econômico em Tóquio.

Nas previsões de abril, o FMI previa um crescimento mundial de 3,5% para este ano e de 4,1% para 2013.

No mesmo evento, Lagarde elogiou os progressos alcançados pelos países europeus na reunião de cúpula de Bruxelas de junho, mas afirmou que será necessário fazer mais para superar a crise da dívida.

"Na semana passada, os dirigentes europeus fecharam um acordo sobre progressos importantes na direção correta. Mas será preciso fazer mais", disse.

Durante a reunião de Bruxelas, os governantes da Eurozona decidiram instaurar um mecanismo que permitiria recapitalizar diretamente os bancos por meio dos fundos de emergência europeus.

Cúpula de Bruxelas

O conjunto de medidas apresentado pela União Europeia (UE) durante a cúpula inclui a recapitalização dos bancos europeus por meio dos fundos de resgate (já usados para "salvar" Grécia e Portugal), uma reivindicação da Espanha, e que representa uma "vitória" para o primeiro-ministro Mariano Rajoy. Na prática, a medida representa um resgate financeiro para o país, mas sem a desvantagem de incrementar a dívida soberana, como nos casos anteriores.

O setor bancário europeu está no epicentro da crise e é uma fonte primordial de preocupação na Europa, e, nos últimos meses, o BCE (Banco Central Europeu) já ajudou as instituições financeiras por meio de empréstimos de bilhões de euros a juros bastante baixos.

Carregados de títulos emitidos pelos governos, os bancos estão expostos à frágil situação financeira de nações muito endividadas e com rombos em suas contas públicas.

Na Espanha, o quadro é ainda pior, devido a uma recente crise imobiliária, que resultou em taxas de inadimplência históricas.

O alvo claro da medida são os bancos espanhóis. O empréstimo já acertado de até Ç 100 bilhões (US$ 125 bilhões) para recapitalizar esse setor bancário vai ser canalizado através do FEEF (Fundo Europeu de Estabilidade) e que será transferido ao Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEDE).

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