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Vivian Schmitz e Tom Barros, da Be Veg: “vaquinha” virtual vingou. | Antônio More/Gazeta do Povo
Vivian Schmitz e Tom Barros, da Be Veg: “vaquinha” virtual vingou.| Foto: Antônio More/Gazeta do Povo

Os curitibanos encontraram no financiamento coletivo uma forma de escolher e viabilizar projetos de empresas, aplicativos e produtos que gostariam de ter na cidade. De um app para encontrar estabelecimentos vegetarianos a uma rede de mobilização social na capital, diferentes empresas vêm recorrendo à plataforma de crowfunding Catarse como alternativa para testar ideias e arrecadar fundos à velocidade exigida pelas startups. Mais do que um meio de financiamento, entre sucessos e insucessos a estratégia se mostra uma ótima fonte de aprendizado e uma forma rápida de testar o apelo de novas ideias.

Vindo de uma campanha de sucesso na plataforma, a Rede Minha Curitiba arrecadou mais de R$ 21 mil de uma meta de R$ 17 mil para investir na formação de sua equipe. Parte de uma rede nacional que procura conectar e mobilizar cidadãos em busca de um maior engajamento e mudanças positivas nas cidades, o aplicativo Minha Curitiba viu no Catarse uma maneira de testar a viabilidade da ideia, que já funciona em cidades como São Paulo e Rio de Janeiro. “Queríamos entender se havia espaço e real interesse do curitibano em uma rede de mobilização, além de fazer uma cocriação com quem nos apoiou”, conta o empreendedor Alaor Valente.

Com a ajuda de 252 apoiadores, a rede viabilizou não só um mês de imersão de sua equipe em um processo de capacitação no Rio de Janeiro, mas também os custos da incubação da startup por um ano, além da comissão do Catarse, de 13%.

“A experiência que tivemos foi além da captação de recursos, que é o pontapé inicial de uma startup. Ela te dá relacionamento. Com pessoas interessadas em nosso projeto e que podem somar esforços, começamos a criar uma comunidade em torno da ideia”, diz Valente.

Na boca do povo

A divulgação da campanha da Be Veg no Catarse foi feita pelos mais diversos meios, de Facebook, e-mail e telefone a ações diretas em espaços públicos e eventos. A campanha ajudou ainda a impulsionar o número de seguidores na fanpage da empresa e os downloads da versão Android, que foi lançada em março e tem 800 usuários.

Corrida contra o tempo

Conforme a própria equipe do Catarse explica aos empreendedores, as campanhas costumam passar por um boom no início, seguido de um período de estagnação e uma nova guinada nos últimos dias de arrecadação, que exigem grande empenho em divulgação. Foi o que aconteceu com os sócios Vivian Schmitz e Tom Barros, que lançaram na plataforma uma campanha de arrecadação para viabilizar o desenvolvimento do aplicativo Be Veg para o sistema iOS – o app mapeia estabelecimentos vegetarianos e simpatizantes em Curitiba.

Foram 60 dias de arrecadação, com a meta atingida poucas horas antes do fim. “Encontramos dificuldades e no final foi desgastante, mas muito bom. Entendi o nome da plataforma. Ela mobiliza a rede e gera um êxtase, além de provar que é possível conseguir recursos por um meio alternativo”, destaca Vivian.

Segundo ela, a maior dificuldade foi o fato de muita gente não conhecer o funcionamento do crowdfunding. “Nos últimos dias, já com um número significativo de apoiadores, os demais se sentem mais confiantes para aderir.”

“Derrotas” servem como aprendizado para jovens empreendedores

Campanhas com menor adesão e que acabam batendo na trave também são uma oportunidade de aprendizado sobre o fenômeno do crowdfunding. Inspirados na experiência da Rede Minha Curitiba, Vítor Flores e seus sócios viram na plataforma uma possibilidade de viabilizar o Athene, aplicativo que visa melhorar o processo de aprendizado de alunos em instituições de ensino.

A campanha da startup não atingiu a meta de arrecadação no tempo estipulado, o que motivou a equipe a rever sua estratégia. Segundo Flores, o fato de ser uma empresa privada, ao contrário de outras de maior apelo social financiadas pelo Catarse, pode ter sido um fator determinante.

Planejamento

Atualmente, a equipe trabalha no desenvolvimento do software para lançá-lo em uma universidade parceira e depois ir para a aceleração. “Foi um pouco cedo e, como temos um nicho segmentado, não foi possível atingir o público que realmente se encanta com nosso projeto”, diz Flores.

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