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O Brasil teve déficit em transações correntes de 6,901 bilhões de dólares em abril, quase 25% menor que o rombo de 9,190 bilhões de dólares um ano antes, influenciado pelo efeito do desaquecimento econômico sobre remessas de lucros e dividendos e sobre gastos com viagens internacionais.

As transações correntes medem a diferença entre o que o Brasil desembolsou e o que recebeu em transações internacionais referentes à balança comercial, serviços e rendas.

Em abril, os investimentos diretos no país (IDP) somaram 5,777 bilhões de dólares, ante projeção de analistas de 4,3 bilhões de dólares. O ingresso, porém, ficou bem abaixo do visto em igual mês do ano passado, de 8,500 bilhões de dólares.

Assim como no mês anterior, o déficit em transações correntes foi influenciado principalmente pela conta de serviços, que ficou negativa em 3,514 bilhões de dólares, puxada sobretudo pelo aluguel de equipamentos no exterior, como sondas de exploração de petróleo.

Investimento direto no país soma US$ 5,7 bi em abril

Resultado não foi suficiente para cobrir o rombo nas contas externas. O déficit em transações correntes ficou em US$ 6,901 bilhões no mês

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Viagens ao exterior

A conta de viagens, que representa a diferença entre o que os brasileiros gastam no exterior e o que os estrangeiros desembolsam no país, também exerceu contribuição, embora tenha seguido trajetória de queda, ficando negativa em 1,200 bilhão de dólares, ante 1,796 bilhão de dólares um ano antes.

Também pesaram no déficit das transações correntes de abril a conta líquida de remessa de lucros e dividendos e de juros, negativas em 2,358 bilhões e 1,410 bilhão de dólares. Em igual mês de 2014, esses valores ficaram em 4,073 bilhões e 1,266 bilhão de dólares, respectivamente.

Assim como em março, o resultado da balança comercial representou um contraponto, positivo em 280 milhões de dólares em abril. O número foi novamente beneficiado pela queda nas importações em ritmo superior à retração nas exportações.

Nos quatro primeiros meses do ano, a conta de transações correntes está negativa em 32,462 bilhões de dólares, abaixo do déficit de 37,073 bilhões de dólares em igual etapa de 2014.

Em 12 meses, o rombo nas contas externas do Brasil está em 100,225 bilhões de dólares, equivalente a um déficit de 4,53 por cento do Produto Interno Bruto (PIB).

Economistas vêm apontando uma tendência de ajuste do déficit neste ano em função da fraqueza da atividade econômica e pela valorização do dólar ante o real, que afeta diretamente as importações pelo país, o volume de remessas de lucros e o dinheiro gasto por brasileiros em viagens internacionais.

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