A distância de ativos entre o Itaú e o Bradesco continuou a subir e alcançou, ao final do primeiro trimestre, o maior patamar desde a fusão Itaú/Unibanco, em 2008. O montante chegou próximo dos R$ 260 bilhões ante cifra de R$ 176,6 bilhões nos três meses anteriores. Foi o segundo aumento trimestral seguido.
O crescimento da distância ocorreu porque o Itaú Unibanco expandiu seus ativos em ritmo superior ao visto no concorrente. O banco totalizou R$ 1,295 trilhão ao final de março, aumento de 16,9% perante o mesmo intervalo do ano passado. Na comparação com dezembro, o aumento foi de 7,1%. Já o Bradesco encerrou março com R$ 1,035 trilhão de ativos, cifra 12,2% maior que a registrada em um ano, de R$ 922,229 bilhões. No comparativo com dezembro, foi identificada leve expansão de 0,3%.
A diferença em relação ao montante de ativos do Itaú pode ser reduzida ou até mesmo eliminada caso o Bradesco adquira o HSBC no Brasil, que negocia a operação com assessoria do Goldman Sachs.
Segundo fontes ouvidas pela reportagem, o Bradesco é um dos fortes candidatos a adquirir o britânico. Desde que o Itaú fez a fusão com o Unibanco, em 2008, a diferença de ativos, que na época girou em torno de R$ 178 bilhões, variou bastante. A menor cifra ocorreu no segundo trimestre de 2012, quando chegou a R$ 58,3 bilhões. De lá para cá, porém, a diferença cresceu, chegando ao maior patamar histórico neste trimestre. Até então, a maior cifra havia sido ao final no quarto trimestre de 2013, quando chegou a R$ 185,147 bilhões.
Olho no HSBC
Com cerca de R$ 168 bilhões em ativos, o HSBC é o sétimo maior banco do país, de acordo com dados do Banco Central de dezembro último. Considerando os números do primeiro trimestre, o Bradesco, com R$ 1,035 trilhão de ativos, ultrapassaria o montante de R$ 1,2 trilhão, encostando na cifra de R$ 1,295 trilhão registrada pelo Itaú ao final de março. Fontes alegam que o Itaú Unibanco não teria interesse em uma nova aquisição no Brasil uma vez que ainda não concluiu a operação com o chileno CorpBanca. Citam, porém, um possível interesse quanto à unidade do HSBC no México.
Tanto Bradesco como Itaú já olharam os números do britânico, conforme fontes. O Santander, o BTG Pactual e estrangeiros como o espanhol Inbursa, o canadense Scotia Bank e players chineses também teriam olhado a operação.
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