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| Foto: Marcos Santos/USP Imagens

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) abriu em queda nesta terça-feira (1), seguindo o mau humor dos mercados globais em dia de novos dados negativos sobre a economia chinesa. Às 11 horas, a queda era de 2,3%. O dólar comercial, por sua vez, abriu em alta pelo terceiro dia de negociação consecutivo, contrariando a tendência internacional para moeda e sofrendo a piora das expectativas no cenário doméstico. A divisa acentuou a alta após uma hora de negociação e às 11 horas subia 1,07%, cotada a R$ 3,666 para compra e a R$ 3,668 para venda.

Em escala global, porém, o dólar recua 0,17% frente às dez principais moedas do mundo, segundo o índice Dollar Spot, da Bloomberg, após mais uma divulgação decepcionante de indicadores econômicos chineses. Os números do setor manufatureiro do país asiático reforçam a percepção de que a economia chinesa avança menos do que se projetava, elevando a probabilidade de que o Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) adie a elevação de juros do país.

Na segunda-feira, a previsão de um déficit primário no Orçamento do ano que vem fez o dólar ganhar força e acumular a maior alta para um mês de agosto desde 1999, quando o país passou a adotar o regime de câmbio flutuante. A moeda americana fechou negociada a R$ 3,627 na compra e a R$ 3,629 na venda, valorização de 1,17% ante o real, maior valor em mais de 12 anos — só abaixo dos R$ 3,665 de 14 de fevereiro de 2002. Na máxima do dia, chegou a R$ 3,684. No mês, a valorização da divisa foi de 5,96%, a maior para o mês desde os 6,55% de agosto de 1999.

A atividade no setor industrial da China contraiu-se no ritmo mais rápido em três anos em agosto, segundo pesquisa oficial divulgada nesta terça-feira. Uma outra pesquisa sobre o setor, desta vez realizada pelo setor privado, foi igualmente negativa.

O Índice de Gerentes de Compras (PMI) oficial de indústria da China caiu para 49,7 em agosto ante 50,0 em julho, informou nesta terça-feira a Agência Nacional de Estatísticas. As novas encomendas, medida de demanda doméstica e externa, caíram, para 49,7 em agosto ante 49,9 em junho. As novas encomendas de exportação contraíram pelo 11º mês seguido. Já a Pesquisa privada do Caixin/Markit, que foca em fábricas menores, indicou uma desaceleração ainda mais forte, com o PMI caindo para 47,3, pior leitura desde março de 2009.

Com os números, as Bolsas asiáticas fecharam em queda nesta terça. A Bolsa de Tóquio encerrou em baixa de 3,84%, Hong Kong perdeu 2,24% e Xangai registrou recuo de 1,86%. As principais bolsas da Europa seguem a tendência. A Bolsa de Londres opera em baixa de 2,31%, enquanto Paris recua 2,19% e Frankfurt registra queda de 2,64%.

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