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O dólar fechou com alta de mais de 1,5% nesta terça-feira (11), encostando novamente no patamar de R$ 3,50, após a China surpreender e promover forte desvalorização do iuan, golpeando boa parte das moedas emergentes nos mercados globais.

A moeda norte-americana avançou 1,59%, a R$ 3,4978 na venda, após recuar quase 2% na véspera. Na máxima da sessão, o dólar chegou a R$ 3,5173, alta de 2,16%.

“A inesperada desvalorização na China está provocando ampla aversão ao risco nos mercados, com os agentes considerando as implicações para a demanda global por commodities, a inflação e o balanço de riscos ao crescimento”, escreveram analistas do Scotiabank em nota a clientes.

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Crescimento chinês

A China desvalorizou sua moeda em quase 2%, medida que classificou como reforma para liberalizar os mercados. Números fracos sobre a segunda maior economia do mundo e o tombo da bolsa do país têm gerado preocupação com o crescimento chinês e o iuan mais fraco pode servir de estímulo à atividade, incentivando exportações.

Moedas ligadas a commodities, como o dólar australiano e o peso chileno, estiveram entre as que mais sofreram nesta sessão.

“A decisão da China é uma forma de proteger a balança comercial do país, mas isso mostra que a economia não está bem e uma crise na China afeta o mercado global”, disse o superintendente regional de câmbio da SLW, João Paulo De Gracia Correa.

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Cenário interno

O movimento foi, em parte, segurado pelo alívio em relação à grave crise política no Brasil, que vem impulsionando a moeda norte-americana nas últimas semanas.

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou na véspera que a discussão sobre eventual processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff não é prioridade do Congresso Nacional e que priorizar este assunto é o mesmo que colocar fogo no país.

Segundo operadores, o apoio de Renan ao governo pode atenuar os atritos entre o Executivo e o Legislativo.

Swaps

Na véspera, o mercado de câmbio também havia mostrado alívio diante da maior atuação do Banco Central, para evitar altas maiores da moeda norte-americana ao ampliar a rolagem dos swaps que vencem em setembro.

Nesta manhã, o BC deu continuidade à estratégia ao vender a oferta total de até 11 mil contratos, que equivalem a venda futura de dólares. Ao todo, já rolou US$ 2,767 bilhões, ou cerca de 28% do total que vence no mês que vem e, se continuar neste ritmo, vai recolocar o todo o lote.

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