A crise envolvendo o governo argentino e o Citibank está prestes a ter novo episódio. Segundo informações do jornal “Tiempo”, o Banco Central da República Argentina (BCRA) enviará nesta segunda-feira uma equipe de especialistas para realizar uma “inspeção integral” na instituição financeira, uma das peças principais da longa disputa entre a Casa Rosada e os chamados “fundos abutres”.
Caso seja confirmada, a vistoria ocorrerá menos de duas semanas após o ministro da Economia argentino, Axel Kicillof, se manifestar contra o acordo assinado entre o Citibank e o fundo NML, de Paul Singer, para sair do negócio, deixando de apoiar o governo de Cristina Kirchner nas apelações junto à Justiça americana, que vêm permitindo que os pagamentos a credores que, ao contrário dos “abutres”, aceitaram a reestruturação da dívida de 2002, continuem sendo feitos. A manobra é combatida pelos fundos liderados pelo NML, que exigem o pagamento da dívida integral, de US$ 1,4 bilhão, antes dos repasses aos credores reestruturados.
Ainda segundo a reportagem, o presidente do BCRA, Alejandro Vanoli, disse que o objetivo da autoridade monetária é “garantir o normal funcionamento do banco”. A decisão é divulgada quatro dias após o órgão retirar a licença do diretor-executivo da filial argentina do Citibank, Gabriel Ribisich. O “Tiempo” destaca que o governo argentino acusa a instituição financeira de negociar um “convênio secreto” com o governo americano, colocando em risco detentores de títulos sob a custódia do Citibank.
A agência Reuters procurou um porta-voz do banco para comentar a informação, mas não encontrou um representante imediatamente. Procurada pelo GLOBO no domingo à tarde, a assessoria de impenresa da instituição também não respondeu.
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