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Egimar Cardoso, CEO da Oppa: “o cliente quer tocar a peça, entender a escolha da cor, o acabamento” | Raphael Borges/Divulgação
Egimar Cardoso, CEO da Oppa: “o cliente quer tocar a peça, entender a escolha da cor, o acabamento”| Foto: Raphael Borges/Divulgação

Depois de ter começado como um comércio eletrônico de móveis e artigos de decoração, a Oppa se rendeu ao mundo físico e vai inaugurar a sua oitava loja própria neste mês. A cidade escolhida foi Curitiba e o objetivo da empresa é complementar a sua atuação na internet ao atrair o consumidor mais resistente à compra on-line. A unidade curitibana ficará no Batel, na Rua Desembargador Motta, e vai abrir as portas no dia 28 de julho – serão cerca de 400 itens expostos.

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“O consumidor brasileiro ainda tem receio de comprar pela internet, mas isso vem melhorando nos últimos anos”, afirma o CEO da empresa, Egimar Cardoso. A preocupação é ainda maior quando se trata de móveis ou objetos de decoração, uma compra feita de forma planejada.

A Oppa começou em 2011 como um e-commerce sem estoque. Os produtos, criados por uma equipe de designers, são produzidos por fábricas parceiras e enviados para o consumidor final, passando apenas pelo centro de distribuição da empresa.

O modelo ajudou na redução dos custos da operação e chamou a atenção de investidores. O cofundador do PayPal Peter Thiel e os fundos de investimentos Monashees Capital e Kaszek Ventures aportaram dinheiro no negócio. Os valores não são revelados.

Apesar de o e-commerce ter vingado e atraído investimentos, a empresa teve que se render ao mundo físico. O pedido partiu dos próprios consumidores que queriam um lugar para ter contato com o móvel antes de levar o item para casa. “Percebemos que o cliente quer tocar a peça, entender a escolha da cor, o acabamento”, diz Cardoso.

Loja física da Oppa ficará em imóvel centenário na Rua Desembargador Motta, no Batel, no número 1861Jonathan Campos/Gazeta do Povo

O primeiro showroom foi lançado em São Paulo em 2012 e, um ano depois, surgiram as primeiras lojas próprias da marca, com venda no local. Hoje são sete lojas próprias e quatro franquias e a expectativa é encerrar o ano com 20 unidades.

Sem estoque

A loja física da Oppa, assim como o e-commerce, funciona sem estoque. O cliente vai até a loja, escolhe o produto e o pedido é feito por um vendedor. Depois, o item é entregue direto na casa do consumidor. As entregas são feitas, em média, dentro de sete dias.

Com as lojas físicas, a marca consegue atrair o consumidor que tem medo de comprar pela internet ou que tem dúvidas sobre determinados produtos. “A cada loja que abrimos, acredito que crescemos de 30% a 40% em influência”, explica Cardoso.

Em termos de venda, o e-commerce continua sendo o carro-chefe da Oppa. As lojas são um complemento da operação virtual, mas o objetivo do CEO é integrar os dois canais de venda.

O desafio será evitar que o e-commerce concorra com as lojas físicas, principalmente no caso de unidades abertas por franqueados que dependem da rentabilidade. Para abrir uma franquia, o investimento varia entre R$ 250 mil e R$ 300 mil.

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