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Setor automotivo encerrou o primeiro semestre com queda de 18,5% na produção | Henry Milléo/Gazeta do Povo
Setor automotivo encerrou o primeiro semestre com queda de 18,5% na produção| Foto: Henry Milléo/Gazeta do Povo

O governo federal prepara medidas para ampliar a exportação de veículos num momento de forte queda da produção do setor automotivo e voltará a negociar com as montadoras em 15 dias, disse o presidente da Anfavea, Luiz Moan, após uma reunião com autoridades e representantes de bancos públicos no Palácio do Planalto nesta quinta-feira (9).

“Entre os assuntos discutidos estão várias medidas adicionais à exportação”, disse o dirigente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores a jornalistas.

Entre as medidas em análise pelo governo estão o financiamento por bancos públicos ao segmento de autopeças e a redução do Imposto de Importação em acordos comerciais específicos. O setor também pediu celeridade do governo nas negociações de acordo automotivo com Colômbia, Peru e Uruguai.

Participaram do encontro com a Anfavea e montadoras nesta quinta-feira os ministros Nelson Barbosa (Planejamento), Armando Monteiro Neto (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior), Aloizio Mercadante (Casa Civil) e representantes do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal.

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O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, que deveria participar do encontro, não esteve na reunião.

Mais cedo, uma fonte do governo que havia antecipado o caráter das medidas à Reuters informou que o governo queria rapidez na definição das ações para estimular as exportações e conter a queda na produção e que as medidas seriam anunciadas ainda nesta quinta-feira.

Retração

Responsável por boa parte do Produto Interno Bruto (PIB) industrial do país, o setor automotivo encerrou o primeiro semestre com queda de 18,5% na produção, acima do ritmo previsto para o ano pela Anfavea, de 17,8%.

No fim do mês passado, o governo apresentou um Plano de Exportação sustentado em parte pela ampliação em US$ 2,9 bilhões, ante US$ 2 bilhões, dos recursos do BNDES Exim para pós-embarque neste ano.

Também foi anunciado o aumento em US$ 15 bilhões ao limite para aprovação de novas operações do Fundo de Garantia às Exportações (FGE).

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Câmbio favorável

Com a demanda interna enfraquecida pelo desaquecimento da economia, governo e montadoras vão buscar ajustar os estoques e conter a forte queda na produção com a ampliação das exportações num momento em que o câmbio está mais favorável às vendas externas.

Na época em que o governo anunciou o Plano de Exportações, a presidente Dilma Rousseff havia dito que o novo patamar de câmbio é um estímulo às exportações e que os recursos para ampliar o financiamento às exportações não seriam contingenciados mesmo num momento marcado por forte ajuste fiscal das contas públicas.

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