Dilma diz que usará mecanismos contra a crise sem restrição
A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta quarta-feira (27) que o Brasil possui "mecanismos para enfrentar a crise" e disse que o governo vai "usá-los sem nenhuma restrição"
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou nesta quarta-feira (27) que o governo irá injetar R$ 8,43 bilhões na economia, com a compra de equipamentos pesados, por meio do PAC Equipamentos. Dentro desse valor, estão incluídos maquinários que serão distribuídos aos municípios, para uso na área agrícola e também para melhorar estradas e transportes, ônibus.
Segundo Mantega, com a liberação desses valores, os recursos destinados ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) previstos para este ano foi elevado dos R$ 42,6 bilhões para R$ 51 bilhões.
Além disso, Mantega anunciou também a redução da taxa de juros de longo prazo, a TJLP, que corrige os empréstimos do BNDES. Ela passa de 6,0% ao ano para 5,5% ao ano.
O pacote de estímulos à indústria lançado nesta quarta inclui também uma lista de mais de 80 produtos nacionais na área de saúde, com itens como tomógrafo e aparelhos de hemodiálise, que terão preferência nas compras do governo. Eles poderão ser adquiridos mesmo se forem até 25% mais caros que os importados.
Dentro do PAC Equipamentos - Programa de Compras Governamentais, também será aberta uma linha de financiamento do BNDES para a compra de equipamentos de saúde pelos estados e municípios. O empréstimo será direcionado para a aquisição de equipamentos com, pelo menos, 60% de peças nacionais.
O Ministério da Saúde informou que, desde maio, dá preferência para a indústria nacional de medicamentos. Ao todo, 126 produtos fazem parte da lista que pode ser adquirida por preços até 25% superiores aos dos fabricados no exterior. Desse total, são 78 medicamentos e fármacos, quatro insumos e 44 produtos biológicos. Com a estratégia, o governo estima que um impacto no mercado nacional de R$ 3 bilhões, criação de cinco mil empregos e arrecadação adicional de R$ 50 bilhões.
O pacote que será anunciado nesta quinta-feira vai injetar na economia entre R$ 5 bilhões e R$ 6 bilhões e busca dar fôlego na atividade econômica no segundo semestre. Além de medicamentos, o plano é dar preferência ao produto nacional no fornecimento ao setor público também nas áreas de educação, saúde e defesa. Entre as compras que receberão incentivos estão lançadores de foguetes e mísseis, blindados e caminhões para as Forças Armadas.
O objetivo é tentar recuperar o ritmo da atividade econômica no segundo semestre e garantir melhores taxas em 2013. O governo percebeu que, desta vez, para alavancar o Produto Interno Bruto (PIB), não basta bancar o consumo, fórmula que deu certo ao longo do governo Lula. Ao antecipar as compras governamentais, a equipe econômica está tentando destravar o investimento.
-
Cármen Lúcia deve seguir linha de Moraes à frente do TSE; analistas esperam restrições nas redes
-
O que Barcelona fez após tragédia em 1995 para evitar novas inundações e mortes
-
Em meio à tragédia, RS ainda sofre com casos de violência que aumentam o caos
-
Evento climático coloca Rio Grande do Sul na lista das maiores tragédias do país
BC vai pisar no freio? Cresce aposta por corte menor nos juros, para a ira do governo
Políticos no comando de estatais: STF decide destino da lei que combateu aparelhamento
Tebet defende acabar com aumento real de aposentadoria e outros benefícios; Gleisi rebate
O que é “pecado”? Cesta sem carne? Cerveja ou destilado? As polêmicas da reforma tributária
Deixe sua opinião