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Medidas serão para ajudar a esvaziar os pátios das montadoras. | Brunno Covello/Gazeta do Povo
Medidas serão para ajudar a esvaziar os pátios das montadoras.| Foto: Brunno Covello/Gazeta do Povo

O governo anunciará nesta quinta-feira (9) medidas para ajudar o setor automotivo a reduzir os estoques nos pátios das montadoras, e entre as ações constam melhores condições para exportações de veículos, informaram duas fontes do governo.

“Serão medidas práticas”, disse uma das fontes do governo, informando que as ações visam a conter a forte queda na produção de veículos no país.

Responsável por boa parte do PIB industrial do país, o setor automotivo encerrou o primeiro semestre com queda de 18,5% na produção, acima do ritmo previsto para o ano pela Anfavea, de 17,8%.

Antes do anúncio, ministros da área econômica e representantes dos bancos públicos e do setor automotivo vão se reunir no Palácio do Planalto para negociar os termos finais das medidas. Participarão do encontro os ministros Joaquim Levy (Fazenda), Nelson Barbosa (Planejamento), Armando Monteiro (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior) e Aloizio Mercadante (Casa Civil).

Do lado dos bancos públicos participam representantes do Banco do Brasil, Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Indústria e Comércio Exterior e Caixa Econômica Federal. Pelo setor automotivo participam o presidente da Anfavea, Luiz Moan, e os vices-presidentes da entidade.

Uma segunda fonte disse que uma parte das medidas vai estar relacionada à facilitação das exportações de veículos, em linha com o Plano de Exportação. No fim do mês passado o governo apresentou um Plano de Exportação sustentado em parte pela ampliação em US$ 2,9 bilhões, ante US$ 2 bilhões, dos recursos do BNDES Exim para pós-embarque este ano.

Também foi anunciado o aumento em US$ 15 bilhões ao limite para aprovação de novas operações do Fundo de Garantia às Exportações (FGE).

Câmbio

Com a demanda interna enfraquecida pelo desaquecimento da economia, governo e montadoras vão buscar ajustar os estoques e conter a forte queda na produção com a ampliação das exportações em um momento em que o câmbio está mais favorável às vendas externas.

Na época em que o governo anunciou o Plano de Exportações, a presidente Dilma Rousseff havia dito que o novo patamar de câmbio é um estímulo às exportações e que os recursos para ampliar o financiamento às exportações não seriam contingenciados mesmo em um momento marcado por forte ajuste fiscal das contas públicas.

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