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A reação da bolsa brasileira acompanhava a diminuição das perdas nas praças acionárias no exterior, onde o S&P, por exemplo, caía 2,7%, após recuar mais de 9% no pior momento | Refis Duvignau/Reuters
A reação da bolsa brasileira acompanhava a diminuição das perdas nas praças acionárias no exterior, onde o S&P, por exemplo, caía 2,7%, após recuar mais de 9% no pior momento| Foto: Refis Duvignau/Reuters

O principal índice da Bovespa desacelerou fortemente as perdas nesta segunda-feira, após cair mais de 6% cedo e trabalhar em níveis de meados de 2009, contaminado pelo pânico que dominou mercados globais por temores com a economia chinesa.

A reação da bolsa brasileira acompanhava a diminuição das perdas nas praças acionárias no exterior, onde o S&P, por exemplo, caía 2,7%, após recuar mais de 9% no pior momento. Ainda assim, o índice de referência do mercado acionário doméstico situava-se nas mínimas em cerca de dois anos

Às 15h46, horário de Brasília, o Ibovespa caía 2,06%, a 44.778,22 pontos. O volume financeiro somava R$ 5,7 bilhões.

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Queda brusca

A queda de mais de 8,6% no índice SSE, da bolsa de Xangai, deflagrou forte aversão a risco nos mercados globais logo cedo. A reação decorreu da apreensão entre agentes financeiros de que não estão surtindo efeito medidas do governo da segunda maior economia do mundo para conter o declínio nas bolsas e a desaceleração econômica naquele país.

Na bolsa paulista, o Ibovespa caiu 6,5%, a 42.749 pontos, na mínima do dia.

“Passado o ‘modo pânico’, a bolsa tende a reagir um pouco conforme os investidores começam a fazer contas”, disse o chefe da mesa de renda variável da corretora de um banco estrangeiro em São Paulo.

O quadro político doméstico também seguia no radar, com agentes financeiros atentos ao anúncio de que o governo federal fará uma reforma administrativa que deve incluir a redução de 10 ministérios dos 39 existentes atualmente, entre outras medidas.

Também repercutia notícia de que o vice-presidente Michel Temer deixou nesta segunda-feira o comando da articulação política do governo da presidente Dilma Roussef.

Destaques

A Vale tinha queda de 6,8% nesta segunda-feira nas ações preferenciais de classe A, em meio aos temores sobre a China, uma vez que uma desaceleração mais forte naquele país tende a trazer impactos relevantes sobre o preço de commodities. Os preços do minério de ferro na China recuaram nesta segunda, com os contratos futuros atingindo limite diário de queda. Na mínima, Vale PNA caiu 11,6%.

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A Usiminas caía mais de 8%, entre as maiores quedas do Ibovespa, também afetada pelas apreensões ligadas à economia chinesa, com relatórios do Itaú BBA e do Credit Suisse negativos sobre o setor. No caso do Itaú BBA, o analista abre sua análise afirmando que boas notícias para as siderúrgicas e mineradoras brasileiras são improváveis por ora. CSN perdia 5,25% e GERDAU caía 5,8%.

A Petrobras mostrava queda de mais de 4% nas preferenciais em meio ao declínio acentuado dos preços do petróleo no exterior. Mais cedo, Petrobras PN recuou mais de 9%.

Itaú Unibanco também diminuiu o declínio e negociava em baixa de 0,7%, mesmo movimento registrado por Bradesco, em baixa de 0,4%.

A TIM Participações caía mais de 4,5%, também afetada pela notícia de que a Telefônica Brasil não está mais disposta a fatiar a companhia controlada pela Telecom Italia e mira a Sky, do grupo AT&T, segundo reportagem publicada pelo jornal Valor Econômico nesta segunda-feira. O Credit Suisse avaliou também que a notícia seja negativa para a Oi, que caía 8%, pois uma potencial compra da empresa não é mencionada, conforme nota a clientes.

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