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O Instituto Internacional de Finanças (IIF, na sigla em inglês), formado pelos maiores bancos do mundo, reduziu as previsões de crescimento do Brasil para 1% em 2014 e para 1,5% no ano que vem de acordo com o relatório Monitor Econômico Global de julho. A estimativa anterior do IIF para o Brasil era de expansão do Produto Interno Bruto (PIB) de 1,2% este ano e 1,8% em 2015.

"A Copa do Mundo falhou em aumentar a confiança dos agentes sobre a economia brasileira", destaca o relatório logo no início de sua análise sobre o Brasil. A confiança de empresários e consumidores vem caindo em meio a inconsistências de políticas, ausência de reformas estruturais, preços de commodities mais comportados no mercado internacional e recessão na Argentina, o terceiro maior parceiro comercial do Brasil.

Os economistas do instituto esperam que a "lentidão" na atividade econômica brasileira siga este ano e no próximo, caso o governo não tome medidas após as eleições para melhorar a confiança dos agentes e controlar a inflação.

Mesmo com as perspectivas de que a inflação siga elevada, o documento destaca que o Banco Central interrompeu a sequência de alta de juros em abril e a projeção do IIF é que a Selic só seja elevada após outubro, em mais 0,25 ponto, fechando o ano em 11 25%. No primeiro trimestre de 2015, a taxa teria mais outro aumento, para 11,50%.

Para a inflação brasileira, medida pelo IPCA, a previsão do IIF é que a alta de preços fique em 6,3% este ano e no ano que vem. Já para a taxa de câmbio, a aposta é que o dólar feche o ano em R$ 2,35 e em 2015 termine em R$ 2,40, de acordo com o relatório.

América Latina

Na América Latina, apenas Colômbia e México devem ter taxas de crescimento mais elevadas. Por isso, a previsão dos economistas do IIF é que o PIB da região desacelere este ano, crescendo 1,6% abaixo dos 2,4% do ano passado. A expectativa é que a região se recupere em 2015 e tenha expansão de 2,4%.

A economia mexicana deve avançar 2,6% em 2014 e 4,5% no ano que vem. A Colômbia deve ser o destaque na América Latina e avançar 5,2% este ano e 4,8% em 2015.

Para a Argentina, a estimativa é que a economia encolha 2% este ano e 1% no próximo. A possibilidade de um novo calote na dívida soberana, 13 anos depois de o país ser responsável pelo maior default da história, já vem pesando negativamente na confiança dos agentes, de acordo com o IIF. Já a previsão para a Venezuela é de encolher 1,4% este ano, com aumento das tensões sociais. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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