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O Terrafugia Transition ganhou direito de exceção da Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos para ter peso acima do estipulado para aeronaves leves | Handout/Handout
O Terrafugia Transition ganhou direito de exceção da Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos para ter peso acima do estipulado para aeronaves leves| Foto: Handout/Handout

Parece um pernilongo, com sua cabine arredondada cortando o vento durante o voo e suas asas inclinadas para cima, quase como uma libélula, enquanto em solo. E é também o maior passo rumo ao um carro voador de verdade com potencial comercial.

O Terrafugia Transition ganhou uma isenção no domingo (19) da Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA na sigla em inglês), sendo reclassificado como “aeronave esportiva leve”, o que significa que o governo federal está no caminho de legalizar o primeiro carro voador.

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Após mais algumas rodadas de vistoria e documentação, o Transition, um veículo de dois lugares difícil de definir, pode tomar os céus sob o comando de pilotos esportivos, uma classificação de graduação mais simples. A Terrafugia também poderá produzir comercialmente a aeronave sem repetitivos testes federais onerosos de navegabilidade.

Os executivos da indústria de carros voadores dizem que seus produtos devem chegar ao mercado consumidor – embora a um alto preço – já na próxima década.

Mas tudo isso ainda depende de eliminar obstáculos regulatórios tanto no campo automotivo quanto das aeronaves.

“Temos trabalhado com a FAA e existem burocratas e pessoas que não querem que nada mude, mas há outras pessoas que estão enxergando o futuro”, diz Paul Moller, presidente e chefe-executivo da empresa de aviação Moller International.

Aviões esportivos leves não podem pesar mais de 1.320 libras (598 quilos), ter mais de dois assentos, ter trem de pouso fixo, além de terem limitações rígidas de velocidade.

O Transition ganhou direito de exceção para ser mais pesado, por conta dos requisitos de segurança obrigatórios para automóveis, e para exceder os limites de velocidade, porque um avião mais pesado tem que voar mais rápido.

Os pilotos podem operar a aeronave com uma licença “esportiva”, que exige 20 horas de aulas.

Esportivos leves

A classificação de esportivos leves foi criada em 2004 para permitir que os fabricantes projetassem aeronaves pessoais sem as regras pesadas dos aviões maiores.

E isso abriu os céus para os carros voadores.

Um veículo pequeno básico – o Toyota Corolla, por exemplo – pesa 2.800 libras (1,2 tonelada). Retire material extra para ajudar a levantar voo e não é difícil de atender aos requisitos da FAA, especialmente com concessões.

A concessão dada ao veículo da Terrafugia mostra um caminho para outras fabricantes de carros voadores obterem aval federal. Entre requisitos técnicos e de navegabilidade, dizem os especialistas, a aprovação no segundo é muito mais difícil de alcançar.

Em outras palavras, é mais fácil fazer um avião legalizado para circular em terra do que um carro voador.

O Transition e os modelos de outras empresas que procuram utilizar a classificação de esportivos leves têm características de uma grande caminhonete. Eles têm espelhos laterais e retrovisores, ou telas de exibição, que eliminam os pontos cegos causados pelas asas dobráveis.

A Terrafugia projetou seu veículo para pessoas com carteira de motorista básica, para que possam pilotá-lo usá-lo em estradas enquanto aguardam a aprovação dos reguladores federais.

Eles representam uma área da indústria de automóveis voadores que vê suas máquinas decolando e pousando em uma pista, como um avião convencional, para em seguida ser dirigido até um destino final. Outros vêem as engenhocas decolando e aterrissando verticalmente, sem o uso de uma pista de decolagem.

Ambos podem utilizar a categoria de esportivos leves.

Com sede na Eslováquia, a Aeromobil também fabrica um carro voador que utiliza uma pista de pouso. “Nós estamos tentando aprová-lo como um avião e, uma vez reconhecível como tal, tentaremos aprová-lo como um carro”, diz Douglas MacAndrew, diretor técnico da empresa. “Essas máquinas são certamente desafios técnicos, mas, a partir de agora, não são mais obstáculos legislativos”.

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