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Lagarde afirmou que o Brasil está tentando reverter o quadro, por meio de “uma combinação de política fiscal séria com a ancoragem de expectativas de médio prazo.” | Ueslei Marcelino/Reuters
Lagarde afirmou que o Brasil está tentando reverter o quadro, por meio de “uma combinação de política fiscal séria com a ancoragem de expectativas de médio prazo.”| Foto: Ueslei Marcelino/Reuters

A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, afirmou nesta quinta-feira (16) que as economias emergentes não estão indo tão bem quanto a instituição previa, citando o Brasil como exemplo negativo no grupo.

“Nem todo mundo está indo mal, alguns países estão desacelerando mais que outros. O Brasil, por exemplo, está estagnado. E a previsão é levemente negativa neste ano”, afirmou em entrevista durante encontro do FMI em Washington.

Ela afirmou, no entanto, que o país está tentando reverter o quadro, por meio de “uma combinação de política fiscal séria com a ancoragem de expectativas de médio prazo.”

“O que vemos como resultado nas nossas previsões é um crescimento negativo neste ano, tornando-se positivo no ano que vem, enquanto políticas fiscais confiáveis, que operem como âncora no médio prazo, forem adotadas adequadamente.”

Brasil arrastará América do Sul à recessão e latinos à estagnação, diz FMI

Este será o quinto ano seguido de desaceleração do crescimento da América Latina; em 2014, o PIB regional cresceu 1,3%, após alta de 2,9% no ano anterior e uma média de 4,2% entre 2009 e 2013

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Economia global

Na última terça (14), o FMI afirmou, em relatório, que PIB mundial terá 3,5% de alta neste ano, um crescimento “moderado e desigual”.

Emergentes e países em desenvolvimento ainda representam 70% do crescimento econômico do mundo, mas estão crescendo menos que o previsto, com destaque para “atividade mais fraca” em países como Brasil e Rússia, diz o relatório.

Na sexta (10), o FMI já havia divulgado que o PIB brasileiro em 2015 deve ter uma queda de 1% e se recuperar em 2016 com alta de 1%. O Brasil será responsável pelo menor crescimento da América Latina (de 0,9% para a região neste ano), prejudicada pela queda no preço das commodities.

A seca brasileira foi incluída como uma das razões do baixo crescimento, junto com o ajuste fiscal, confiança baixa do empresariado, relacionada “às investigações da Petrobras”.

Levy afirma que FMI tem apoiado o Brasil “em tudo que tem sido feito”

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou que o Fundo Monetário Internacional (FMI) tem apoiado o Brasil em várias ocasiões. “Eu acho que é importante. É mais um apoio a tudo que tem sido feito, inclusive à ação, às discussões que têm ocorrido no Congresso e que são fundamentais para a gente concluir este ajuste e entrar na rota do crescimento”, disse a jornalistas em suas primeiras declarações à imprensa na reunião de primavera do FMI.

Levy chegou em Washington na quarta-feira (15), para participar da reunião e nesta quinta-feira (16), se reuniu com a diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde, e com o secretário de Tesouro dos EUA, Jacob Lew. Ainda nesta quinta, o ministro brasileiro tem reuniões ministeriais com membros do Brics (bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) e do FMI.

Lagarde elogiou em uma entrevista coletiva hoje de manhã o ajuste que tem sido feito na economia brasileira e classificou a política fiscal como “séria”. A dirigente afirmou, porém, que o Brasil tem sido um dos emergentes que menos crescem.

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