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Com exceção da agricultura, houve demissão generalizada em todos os setores , sobretudo na indústria, que registrou saldo negativo de 64.312 postos | Daniel Castellano/Gazeta do Povo
Com exceção da agricultura, houve demissão generalizada em todos os setores , sobretudo na indústria, que registrou saldo negativo de 64.312 postos| Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo

O mercado formal de trabalho registrou em julho saldo negativo de 157.905 postos. É o pior resultado da série histórica desde 1992. Foi o quarto mês seguido em que as demissões superam as contratações de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho divulgado nesta sexta-feira (21).

O resultado é muito inferior ao do mesmo mês do ano passado, quando foram criadas 11.796 vagas. Entre janeiro e julho, foram eliminados 494.386 empregos com carteira assinada, contra a geração líquida de 681.493, em igual período de 2014, considerando dados ajustados.

Setores

A indústria de transformação foi a responsável pelo maior número de vagas formais de trabalho fechadas em julho. No mês passado, o saldo do setor ficou negativo em 64.312 postos. O número é resultado de 216.294 admissões e 280.561 desligamentos no período e representa o pior dado para o mês da série histórica.

O setor de serviços foi o segundo que mais fechou vagas no mês passado, com saldo negativo de 58.010, seguido do comércio, com menos 34.545 vagas, e da construção civil, que fechou 21.996 postos formais de trabalho. A administração pública fechou o mês com menos 2.001 vagas.

O resultado de 157.905 vagas fechadas no País só não foi pior, porque a agricultura registrou um saldo positivo de 24.465 novas vagas. O setor extrativo mineral apresentou relativa estabilidade, com menos 795 postos em julho.

Retração

O mercado de trabalho vem sofrendo com a atual conjuntura de economia em contração, inflação e juros elevados e instabilidade política, que tem abalado a confiança dos agentes econômicos.

Também no mês passado, a taxa de desemprego no Brasil saltou para 7,5% em julho, maior nível em mais de 5 anos, em consequência do aumento de quase 10% da população desocupada, informou na véspera o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O cenário econômico ruim deverá continuar. Na pesquisa Focus do Banco Central, economistas de instituições financeiras estimaram retração do Produto Interno Bruto (PIB) de 2,01% este ano, e alta do IPCA de 9,32%.

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