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Everton e Everson Muffato na nova loja da rede em Curitiba: ideia é oferecer conforto | Valterci Santos/ Gazeta do Povo
Everton e Everson Muffato na nova loja da rede em Curitiba: ideia é oferecer conforto| Foto: Valterci Santos/ Gazeta do Povo

Fazendas têm de cumprir condições

Das agências

São Paulo - Decisões da Justiça Federal em Marabá (PA) condicionaram a liberação de cinco fazendas autuadas por desmatamento ilegal à sua regularização ambiental e fundiária. São quatro propriedades da Agropecuária Santa Bárbara Xinguara – que se define como o "maior projeto de boi em pé do mundo’’ e é ligada ao grupo Opportunity, do banqueiro Daniel Dantas – e uma da Agropastoril do Araguaia.

Elas são parte das 21 fazendas citadas em um pacote de ações do Ministério Público Federal contra pecuaristas e a frigoríficos suspeitos de comercializar gado criado em áreas destruídas ilegalmente na Amazônia. Seguindo recomendação do MPF, indústrias e os maiores varejistas do país pararam temporariamente de comprar carne paraense. Entre as exigências à Santa Bárbara estão a de conseguir as licenças ambientais e a de regularizar a situação fundiária delas.

Wal-Mart

Em nota divulgada ontem, a rede de supermercados Wal-Mart afirmou que manterá a suspensão da compra de carne vinda de fazendas do Pará, mesmo com a assinatura de um Termo de Ajustamento de Conduta por frigoríficos da região. "A empresa é contrária ao movimento de retomar as compras sem que um processo de auditoria independente com garantia de origem da carne desta região seja estabelecido", diz a nota.

A nova unidade da rede Muffato abre as portas hoje com a proposta de ser uma "loja de serviços". Instalada no Tarumã, ela recebeu investimentos de cerca de R$ 30 milhões e terá 350 funcionários – cerca de 20% mais recursos e mais pessoas do que o normal para uma loja deste porte (5 mil metros quadrados de área de vendas).

"Estamos inaugurando um novo conceito de supermercado", diz o presidente da rede, Everton Muffato, que a presentou a nova loja ontem, ao lado do irmão Everson, diretor da rede. "A loja é toda preparada para oferecer conforto ao cliente. Os clientes não gostam de lojas enormes, em que perdem muito tempo. Com esse modelo, apesar de ser um hipermercado, ele nem vai perceber todo o tamanho."

Muffato diz que a "loja-conceito" é resultado do amadurecimento da rede ao longo dos seus 40 anos. "É claro que buscamos o que há de melhor no mundo todo. Mas o modelo foi criado por nós, de acordo com a nossa experiência", diz. Na estrutura, as mudanças mais visíveis para os clientes são as gôndolas mais baixas que as tradicionais e produtos expostos em bancadas especiais.

Além disso, a loja vai oferecer um departamento específico para produtos orgânicos, com mais de 2 mil itens, uma adega com mais de 700 rótulos, mais opções de produtos de fabricação própria (como pães, doces e refeições) e uma focacceria. "O supermercado hoje tem que ter vocação de serviço. E isso significa oferecer ao cliente tudo à mão e sem incomodá-lo", diz Muffato.

A rede espera um movimento de 300 mil pessoas por mês na nova unidade. Além dos moradores dos bairros próximos, o presidente do grupo aposta que a loja será uma opção para os moradores de parte da região metropolitana de Curitiba. "Estamos em um entroncamento importante, a cinco minutos de Pinhais, por exemplo."

Projeto

Muffato prefere não revelar o investimento total previsto pela rede para este ano, mas, além da unidade do Tarumã, duas novas lojas devem ser inauguradas ainda em 2009 – em Foz do Iguaçu e Londrina – e outras duas foram totalmente reformadas (em Presidente Prudente e Ponta Grossa). Para Curitiba há ainda o projeto de uma nova loja no Juvevê (no terreno comprado do clube Urca). A rede tem atualmente 30 unidades no Paraná e São Paulo, entre as lojas Super Muffato, as unidades do Muffato Max Hiper Atacado e o Centro de Distribuição e Logística.

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