Networking: a arte de manter contatos vivos

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Há alguns assuntos que, como dizem, nunca saem de moda, e falar sobre networking é um deles. Pode parecer estranho deixar o termo no gerúndio. O "ing", na verdade, deveria ser entendido como um processo contínuo pelas pessoas. Isso significa sair do "network" (a rede de contatos de trabalho, substantivo) para o "networking" (um trabalho constante de troca de informações com contatos-chave, ação contínua).

Mas por que bater nessa tecla novamente? Algumas pessoas têm confundido o processo de networking com a singela troca de cartões. Porém, mais importante do que ser um colecionador de cartões, de todos os tamanhos, variedades e segmentos, é saber o que será feito com esses contatos. Gerar negócios? Estabelecer uma parceria? Trocar ideias, cases? Troca de favores?

É preciso lembrar que uma network bem feita replica ideias, informações e conduz inclusive a outros contatos (de 2.ºe 3.º graus). Vou enumerar algumas dicas abaixo para a coleta desses contatos e o que é possível fazer com eles depois.

Há duas maneiras básicas e essenciais de conhecer novos profissionais e estabelecer novos contatos: eventos e redes sociais. Antes de explicá-los, uma comparação: os eventos proporcionam a possibilidade de estabelecer contato pessoal. Isso limita um pouco o número de contatos feitos por evento, mas é deveras mais profundo. Na rede social pode-se fazer uma quantidade maior de contatos, porém o impacto é bem menor nas relações criadas – afinal, a impessoalidade eletrônica ainda não foi solucionada, e dificilmente superará um dia o contato face a face.

Sobre os eventos: frequentes diversos tipos de evento, com diferentes entidades e tipos de profissionais. É muito importante trocar cartões, sim, mas o follow up (contato de acompanhamento pós-evento) é essencial no que diz respeito a mostrar interesse em continuar a fazer negócios com esse profissional.

O LinkedIn, rede social voltada exclusivamente a intuitos profissionais, pode ter toda a impessoalidade que qualquer contato via internet possui, mas facilita muito a prospecção ao possibilitar a busca de pessoas por segmento, profissão, empresa, cargo e outros filtros aplicáveis. Essa rede social tem sido cada vez mais utilizada por consultorias para buscar profissionais, é gratuita (para os serviços básicos), porém, deve ser utilizada como uma ferramenta de apoio.

Abordagem

Ir direto ao assunto, tanto na rede social quanto em um evento, pode não soar tão bem para alguns profissionais. Começar conversando sobre assuntos neutros, notícias sobre o segmento e até curiosidades sobre outros assuntos interessantes e relacionados à área de atuação da pessoa são sempre indicados. É bom lembrar que, apesar de todos terem interesses em fechar negócios, existem, sim, certas "convenções sociais". Por isso, um primeiro contato com um "quebra-gelo" muitas vezes é mais indicado.

Uma dica para o follow up, em ambas as situações, é incluir um gancho na mensagem para que a conversa continue. Isso "obriga" o outro a responder alguma pergunta e é uma maneira de manter a conversa viva.

Apesar disso tudo, com o tempo podemos acumular um belo catálogo de cartões, ou centenas de contatos na rede social e e-mail. Por isso, outra dica bacana é elaborar uma tabela de networking, elencando os profissionais por ordem de relevância. Feito isso, programa-se um tempo por dia ou por semana para dedicar-se à rede de contatos. Nessa tabela, você determinará quem deve receber mensagens com maior constância até os que requerem contatos esporádicos.

Mantendo-se na mira dos headhunters

Para aqueles que desejam estar na mira dos headhunters, o networking é mais do que essencial para ser chamado a novas oportunidades profissionais. Para isso, é preciso fazer de tudo um pouco: participar de eventos, conhecer novos profissionais, trocar favores, ter uma boa reputação, ter o perfil profissional atualizado nas redes sociais profissionais e, muito importante, cadastrar-se nos mais diversos sites de consultorias e empresas. Na maior parte das vezes, não ser o selecionado para uma oportunidade é comum, mas mostrar-se receptivo com a consultoria, além de ter um perfil profissional competitivo conta muitos pontos para que a "mira" continue em você em processos semelhantes.

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