As empresas britânicas com mais de 250 trabalhadores serão obrigadas, a partir de 2018, a informar a diferença de salários e bônus entre seus funcionários e funcionárias. As novas regras devem atingir cerca de 8 mil empregadores no Reino Unido, de acordo com estimativa da agência de notícias internacional BBC.
As companhias terão que começar a calcular a diferença a partir de abril de 2017, 12 meses antes de as primeiras tabelas serem publicadas.
O objetivo do governo britânico é chamar atenção para o problema e dar às empresas que tenham os piores indicadores tempo para se adequarem e reduzirem essa diferença antes de as informações virem a público.
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Leia a matéria completaDe acordo com o jornal The Guardian, estimativa do Escritório de Estatísticas britânico indica que a diferença salarial é de 19,2% no Reino Unido, o que significa que as mulheres, em média, recebem cerca de 80 pences (R$ 4,61, de acordo com Banco Central) para cada 1 libra (R$ 5,76) recebida pelos homens.
As companhias terão ainda que informar quantos funcionários e funcionárias possuem em cada faixa salarial para mostrar em que níveis as diferenças são maiores.
No Brasil, dados de novembro da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) mostram que as mulheres ainda ganham, em média, salário equivalente a 74,5% do que recebem os homens no Brasil.
Renda
Os dados, referentes a 2014, indicam que o rendimento médio do trabalho de uma mulher no Brasil era de R$ 1.480, enquanto o dos homens era de R$ 1.987. Elas, portanto, receberam em média R$ 507 a menos do que eles. Houve melhora dessa relação, de um ponto percentual, entre 2013 e 2014.
A diferença de rendimentos totais entre os sexos está em trajetória de queda há dez anos – em 2004, elas recebiam 62,9% do que eles.
No ritmo atual, ainda serão necessários entre 15 e 20 anos para que as mulheres atinjam remuneração equivalente a dos homens, segundo Rodrigo Viana, diretor-executivo da empresa de recrutamento Talenses.
Na América Latina, as mulheres ainda ganham 19% a menos que os homens e só ocupam 27% das cadeiras nos Parlamentos nacionais, segundo revela o relatório Desenvolvimento Humano 2015 das Nações Unidas.
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