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Mercado prevê até 40 estreias na Bolsa em 2017 | Rafael Matsunaga/Fotos Públicas
Mercado prevê até 40 estreias na Bolsa em 2017| Foto: Rafael Matsunaga/Fotos Públicas

Em seu primeiro dia de negociação na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), as ações da Azul tiveram alta de 6,66% e chegaram a R$ 22,40. O valor é acima dos R$ 21 do preço fixado no processo de abertura de capital (IPO, na sigla em inglês), na véspera, em que a empresa conseguiu levantar R$ 2 bilhões, abrindo espaço para novas operações este ano. A estimativa mais otimista é que 40 empresas lancem ações este ano e, na visão dos mais conservadores, o número pode chegar a 15.

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O presidente da Azul, Antonoaldo Neves, avalia que o interesse de investidores pelo IPO da empresa é um indicativo de que o Brasil está saindo da recessão. A operação da companhia foi a maior no país desde 2013. “Para o Brasil, o IPO da Azul é um marco. É um exemplo que investir no Brasil voltou a ser interessante”, disse, acrescentando que a oferta ocorreu porque as condições de mercado permitiram isso.

Na avaliação de Edemir Pinto, presidente da B3 (empresa fruto da fusão de BM&FBovespa e Cetip), os estrangeiros devem liderar esse interesse pelo mercado de ações no Brasil. “O empresário e o investidor brasileiros vão demorar um pouco mais para investir, mas o estrangeiro já começou a fazer isso porque olha mais o longo prazo”, avaliou, lembrando que os estrangeiros foram responsáveis por cerca de 80% da oferta da Azul.

O executivo avalia que as ofertas de ações (incluindo aquelas de empresas já listadas na Bolsa) podem chegar a R$ 25 bilhões neste ano, mas o montante pode subir se a reforma da Previdência for aprovada até junho. “ Se a reforma for aprovada dentro do prazo, não tenho dúvidas de que esse número ficará aquém. Vamos ter uma avalanche de investidores estrangeiros.”

O executivo espera que as aberturas de capital, ou seja, novas empresas na Bolsa, devem ficar entre 15 e 20. O IPO da Azul foi o terceiro do ano.

Votorantim Metais e Cemig

De acordo com Renato Ejnisman, diretor executivo do Bradesco BBI, entre dez e 15 companhias, que são clientes do banco, estão preparadas para esse processo. O número pode subir para 30, até 40, com a melhora da economia.

Na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), há apenas um registro de IPO: o da Log Commercial Properties, uma subsidiária da MRV Engenharia. Segundo fontes, entre as empresas que estão se preparando para abrir capital está a Notredame Intermédica, de planos de saúde. Há também a expectativa da oferta de ações da seguradora da Caixa Econômica Federal, da Votorantim Metais e de duas unidades da Cemig. No setor financeiro, a XP Investimentos mantém seus planos de lançar ações entre junho e julho.

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