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Com a crise das lojas físicas, Livraria Cultura busca no mundo on-line novas formas de receita.  | Gazeta do Povo					/
Com a crise das lojas físicas, Livraria Cultura busca no mundo on-line novas formas de receita. | Foto: Gazeta do Povo /

Depois de ter anunciado a criação de um sebo digital, a Livraria Cultura dá mais um passo para encontrar novas fontes de receita. A empresa anunciou a parceria com a Via Varejo, dona das marcas Casas Bahia, Extra e Pontofrio, para vender seus livros nos sites das três redes varejistas. 

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Inicialmente, serão mais de 50 mil produtos da Livraria Cultura sendo vendidos nos sites das três bandeiras pertencentes à Via Varejo. Depois, a livraria quer aumentar a sua presença nos sites das varejistas e passar a oferecer 100 mil produtos no total. Os temos do acordo, como o percentual de vendas, não foram relevados.

Foco no digital

Com a entrada na Via Varejo, a Livraria Cultura espera aumentar em até 20% as suas vendas pela Internet. A empresa, que foi pioneira ao lançar o seu e-commerce de livros em 1995, está apenas na 22ª colocação no ranking dos maiores comércios eletrônicos do Brasil. 

O  e-commerce da Cultura representa 30% do total de faturamento da empresa. A livraria espera que as vendas digitais dobrem de tamanho no longo prazo e cheguem a representar no futuro 60% da receita da companhia. O Sebinho, seu site para venda de livros usados, é mais uma fonte de receita dentro da estratégia digital da Cultura. 

O foco no digital é importante porque a Livraria Cultura opera há dois anos no vermelho e, segundo divulgado pelo jornal Folha de S.Paulo, está atrasando o pagamento de fornecedores. A empresa nega a informação. Ainda segundo o jornal, a livraria está dando alguns sinais de que poderá fechar lojas físicas e uma possível fusão com a Saraiva já chegou a ser cogitada pelo mercado, de acordo com o Estadão. Novamente, a Cultura nega as informações.

A Livraria Cultura faturou em 2015 (último ano disponível) R$ 406 milhões, valor 4,9% menor do que o registrado no ano anterior. A empresa teve prejuízo de R$ 19 milhões em 2015 e acumula, desde 2014, ano em que entrou no vermelho, perdas de R$ 29,6 milhões. 

Modelo de marketplace

Já a Via Varejo, que está oficialmente à venda, terminou de integrar as suas operações físicas e online das suas três bandeiras e agora foca em azeitar o funcionamento dos seus marketplaces. Os sites da Casas Bahia, Extra e Pontofrio são abertos a anúncios de terceiros (modelo chamado de markeplace) e contam com 4 mil lojistas cadastrados que somam mais de 2 milhões de ofertas.

Mas os marketplaces da Via Varejo não eram, até pouco tempo, prioridade para a companhia e agora a empresa está tendo que fazer uma revisão do lojistas parceiros e excluindo aqueles que não se adequam aos critérios de qualidade da empresa. Na outra ponta, está também buscando fazer parcerias com marcas mais consagradas no mercado, estratégia em que se encaixa o acordo feito com a Livraria Cultura. 

*Matéria atualizada sexta-feira (26), às 17h29, para incluir as informações de que a Livraria Cultura nega que está atrasando o pagamento de fornecedores e que está negociando uma fusão com a Saraiva. 

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