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| Foto: Embraer /Divulgação

Apesar de representantes do governo brasileiro afirmarem em diversas ocasiões que a União não vai ceder o controle acionário da Embraer para a Boeing, a fabricante brasileira de aviões disse que não tem elementos suficientes para manifestar-se sobre a forma a ser adotada em uma eventual combinação de negócios das companhias e que tampouco cabe à companhia comentar declarações públicas do governo brasileiro.

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A afirmação foi divulgada nesta segunda-feira (15), após a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) pedir explicações sobre a notícia veiculada na semana passada em que o ministro-chefe do gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, Sergio Etchegoyen, disse que o governo não cederá o controle acionário da Embraer.

Diferente de comunicados anteriores, em que a Embraer reiterou que não tem intenção de “driblar a resistência” do governo brasileiro em uma eventual combinação de negócios com a Boeing e que vai respeitar a segurança nacional e a “golden share”, ação especial que dá direito à União vetar decisões estratégicas como troca de controle acionário, no comunicado desta segunda a empresa preferiu não comentar as declarações do governo.

Ela salientou, ainda, que vai manter “seus acionistas e o mercado informados na medida em que o assunto em questão evolua”.

Golden share

Desde que o interesse da Boeing em comprar a Embraer veio à tona, o governo brasileiro tem se mostrado contra a venda do controle acionário aos americanos. O presidente Michel Temer, o ministro da Defesa, Raul Jungmann, e o ministro-chefe do gabinete de Segurança Institucional, Sergio Etchegoyen, já deram declarações em que afirmam que a troca de controle está fora de cogitação. Uma parceira, porém, não é descartada.

Apesar de ter sido privatizada em 1994 e ser, atualmente, uma companhia de capital aberto pulverizado (sem controlador), com três dos seus principais acionistas individuais sendo investidores estrangeiros, o governo detém uma “golden share” (ação preferencial) sobre a Embraer, o que lhe dá voz ativa em qualquer decisão estratégica, como troca de controle acionário, interrupção de projetos militares e exportação de tecnologia.

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