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Paula e Layane, do Fancy Nail Lounge: de olho nas publicações da equipe | Henry Milleo/Gazeta do Povo
Paula e Layane, do Fancy Nail Lounge: de olho nas publicações da equipe| Foto: Henry Milleo/Gazeta do Povo
  • Marcus, da UFPR: empresas não deveriam interferir

A popularização das redes sociais criou uma nova preocupação para as empresas: o que os seus funcionários estão dizendo, curtindo e compartilhando. Da­viane Chemin, presidente da Associação Brasileira de Recursos Humanos - Sec­cio­nal Paraná (ABRH-PR), lembra que o fenômeno é muito recente para a sociedade e para as corporações e cada organização está fazendo a sua leitura e aprendendo com novas experiências e mecanismos de gestão.

"Algumas empresas já ope­ram na linha do monitoramento, não assumindo esta postura publicamente. Outras valem-se do controle, mas explicitam tal prática. E parte delas vem trabalhando pelo caminho da conscientização e educação. Há aquelas que utilizam uma combinação destas práticas", resume Daviane. O professor Marcus Garcia, mestre em Ciência, Gestão e Tecnologia da Informação, afirma que o monitoramento não é comum. "O mais comum é limitar o acesso a partir dos computadores e das redes providas pela empresa, o que não surte efeito prático algum, pois o acesso através de smartphones e outros dispositivos móveis está amplamente disponível", afirma Garcia, que é autor do livro Pedagogia Empresarial – Saberes, Prá­ticas e Referências.

A reação do trabalhador a essas interferências das empresas nem sempre é positiva. Mas para Daviane, o empregador pode e deve interferir junto a seus colaboradores fazendo deste fenômeno não uma ameaça, mas uma oportunidade de orientar, educar e firmar compromissos com seus funcionários. Isso além de tirar proveito desse novo modelo de relacionamento que já está presente em todas as as esferas, completa. Já o professor Garcia considera que as empresas "não podem e não devem interferir na presença dos seus colaboradores nas redes sociais porque dessa forma estariam interferindo na vida privada dos funcionários.

De qualquer forma, ambos concordam que quando isso é feito o funcionário precisa ser informado. O trabalhador, quando contratado, deve ser informado das políticas da empresa. Para Daviane, "regras do jogo colocadas de maneira transparente geram confiança nos ambientes corporativos". Ela lembra que as redes sociais já fazem parte do cotidiano das organizações e podem, inclusive, apoiar a entrega de resultados de diversas áreas.

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Salão incentiva manicures a compartilhar unhas nas redes sociais

Paula Buffara, sócia do Fancy Nail Lounge, conta que a empresa incentiva as manicures para que elas estejam nas redes sociais, acompanhem as unhas publicadas diariamente e compartilhem isso, "gerando propaganda e visualização para a empresa". Ela diz que existe uma conversa constante com as manicures para que elas deixem claro que suas posições nas redes sociais são pessoais. "Não temos manual de conduta nesse sentido", esclarece. E no Fancy não é permitido o uso de redes sociais no horário de trabalho "para não atrapalhar a concentração e não haver atrasos", completa Paula.

Falha nossa

Veja alguns casos de tuítes infelizes em contas corporativas:

Autor: @KitchenAidUSA (rede de lojas de utensílios domésticos)

Tuíte: "A avó do Obama sabia que seria muito ruim! Ela morreu três dias antes de ele se tornar presidente."

O tuíte criticando o presidente Barack Obama deveria ter sido publicado na conta pessoal do autor.

Autor: @ChryslerAutos

Tuíte: "Acho irônico Detroit ser conhecida como a cidade do motor sendo que ninguém aqui sabe dirigir."

A conta da fabricante de automóveis soltou um tuíte aparentemente acidental, mas ofensivo justamente aos seus consumidores.

Autor: @RedCross (Cruz Vermelha)

Tuíte: "Ryan achou mais dois pacotes de quatro garrafas da cerveja Dogfish Head’s Midas Touch… quando bebemos fazemos as coisas direito."

A conta da Cruz Vermelha internacional não é, definitivamente, a mais adequada para essa mensagem.

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