A economista brasileira Monica Baumgarten de Bolle, pesquisadora do Instituto Peterson de Economia Internacional, em Washington, sustenta que o país já está sob dominância fiscal e corre o risco de ver a inflação disparando rapidamente para a casa dos 20%.
Em artigo publicado no fim de setembro, ela defendeu que, no quadro atual, o regime de metas de inflação já não funciona. A alternativa que ela oferece é radical: a volta às bandas cambiais, um sistema de câmbio administrado que naufragou no fim dos anos 1990, depois de o governo Fernando Henrique Cardoso queimar as reservas do país tentando proteger a moeda nacional do contágio de crises externas.
A economista avalia que, usando parte das vultosas reservas internacionais, hoje em mais de US$ 370 bilhões, o país teria condições de administrar a taxa de câmbio e “reancorar” as expectativas de inflação, dando novamente algum horizonte a investidores, empresários e consumidores. Assim, o governo ganharia tempo para formular um plano adequado e eliminar a dominância fiscal dentro de dois anos.
No regime de bandas cambiais, o governo define um piso e um teto para a taxa de câmbio, e intervém no mercado comprando ou vendendo dólares se a cotação ultrapassar esses limites. Por definição, a “banda rastejante” (crawling band) é variável e segue uma regra.
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