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A Polícia Federal deflagrou nesta sexta-feira (22) uma operação que apura um esquema de fraudes à execução fiscal, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e falsidade ideológica pelo grupo empresarial comandado por Wagner Canhedo, ex-dono da falida Vasp (Viação Aérea São Paulo).

Foram cumpridos 29 mandados judiciais, sendo 18 de busca e apreensão e 11 de condução coercitiva. A PF não divulgou os nomes nem detalhes sobre os alvos. A reportagem apurou que Canhedo está no centro da operação, batizada de Patriota – referência a uma das empresas de seu grupo, o Hotel Nacional.

No curso da operação, foi preso em flagrante Wagner Canhedo Filho, filho do ex-dono da Vasp, por posse ilegal de arma. Foram encontradas três armas com ele durante o cumprimento de um dos mandados, já que ele foi um dos alvos da operação –uma das armas estava sem a documentação e as outras duas com a documentação vencida. Foi arbitrada fiança no valor de R$ 38 mil, que já foi paga e ele já foi liberado.

Fraude

O esquema movimentou aproximadamente R$ 875 milhões, segundo a PF, por meio de empresas de fachada. Esses recursos deveriam ser usado para saldar as dívidas do grupo.

A intenção da operação é afastar os gestores e indicar um auditor fiscal para comandar as empresas, com o objetivo de garantir que continuem funcionando e que os empregos sejam preservados.

Wagner Canhedo havia sido preso em 2013 sob acusação de crime tributário e foi solto após pagamento de dívida superior a R$ 1 milhão, referente ao ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) devido pela Vasp.

Agente federais cumpriram mandado de busca e apreensão na residência de Canhedo, em Brasília. No local, foram encontradas armamento sem documentação, o que poderá levar à prisão, em flagrante, do empresário por porte ilegal de armas. Ao todo, foram cumpridos 29 mandados judiciais, sendo 18 de busca e apreensão e 11 de condução coercitiva.

As investigações, iniciadas em meados de 2014, revelam que os gestores do grupo empresarial comando por Canhedo constituíam empresas de fachada, em nome de “testas de ferro”, o que possibilitava movimentar livremente os recursos que deveriam saldar suas dívidas, dentre as quais as tributárias, que somam aproximadamente R$ 875 milhões.

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