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Guilherme El Sayed (ao centro, de camisa azul) foi o único brasileiro no de trainee da Alltech em 2014. | /Divulgação
Guilherme El Sayed (ao centro, de camisa azul) foi o único brasileiro no de trainee da Alltech em 2014.| Foto: /Divulgação

A quantidade reduzida de programas de trainee abertos no início do ano não é razão para quem pretende participar de um processo seletivo ficar parado. Os futuros candidatos devem aproveitar esse período para aprimorar suas habilidades, enriquecer seu currículo e conquistar aquilo que pode ser seu diferencial e a chave de acesso para uma grande empresa.

Essa preparação pode ser feita de diversas formas, como explica o sócio-fundador da Seja Treinee, Luis Abdalla. Segundo ele, o mais importante neste momento é que os interessados invistam seu tempo em cursos e atividades que o ajudem a alcançar seus objetivos profissionais. “A preparação é contínua, então a pessoa deve sempre ir a eventos, realizar cursos e fazer leituras direcionadas àquilo que ela quer para a sua carreira. É mais que pensar no trainee: é saber o que você quer para você mesmo”, alerta.

Foi assim que o agrônomo Guilherme El Sayed foi aprovado no programa de trainee da Alltech. Ele conta que procurou acompanhar notícias do mercado do agronegócio, área em que a empresa atua, e também estudou a missão, os valores e as ações da companhia para saber se eles estavam de acordo com o que ele procurava .

“Conhecer a empresa ajuda muito porque, quanto mais você a conhece, mais sabe se você realmente pertence àquele lugar”, explica El Sayed. E esse é um ponto bastante valorizado pelas companhias, pois mostra que o candidato está alinhado àquilo que ela deseja. Para a diretora administrativa da Alltech para a América Latina, Elaine Rodrigues, isso demonstra um comprometimento e um interesse no que é feito.

Porém, isso não dispensa a especialização e cursos de capacitação, inclusive de idiomas. Como aponta Abdalla, 95% das empresas exigem inglês avançado e quem quer tentar uma vaga de trainee precisa dominar a língua.

Trabalhos voluntários também se revelam grandes diferenciais durante uma seleção, pois ajudam a mostrar o perfil do candidato. “Se uma pessoa dedicou seu tempo a ajudar uma causa, isso revela uma visão de mundo que é valorizada. Além disso, essas atividades estão sempre ligadas a trabalho em equipe e desenvolvimento de pessoas, habilidades muito requisitadas no mundo corporativo”, aponta Eliane.

Intercâmbio ajuda, mas não é essencial na seleção

Muitos candidatos às vagas de trainee aproveitam esse período com menos ofertas para investir em um intercâmbio, o que pode realmente ser um diferencial durante um processo seletivo. Porém, apenas passar um tempo fora do país não coloca ninguém à frente da concorrência.

O intercâmbio pode ajudar, mas não é algo considerado essencial pelas empresas, aponta Luis Abdalla, da Seja Trainee. “É verdade que grande parte dos aprovados em programas fizeram algum tipo de intercâmbio, mas isso não foi o responsável pela sua escolha. Na verdade, o que é levado em conta são as experiências que a pessoa traz disso”, conta o consultor.

Para ele, o importante é o desenvolvimento de autoconfiança e a capacidade de se adaptar a um novo ambiente que a oportunidade oferece. Além disso, a oportunidade mostra que o candidato procurou também melhorar seu segundo idioma. “É a junção da experiência com a qualificação que interessa”, explica.

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