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O Sindicato dos Petroleiros do Paraná(SindiPetro-PR) entrou, no final da manhã desta segunda-feira (23), com uma ação na Procuradoria Regional do Trabalho, da 9.ª Região, pedindo a intermediação do órgão nas negociações entre trabalhadores e a direção da Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), em Araucária, região metropolitana de Curitiba. A categoria entrou em greve à zero hora no estado, aderindo ao movimento nacional coordenado pela Federação Única dos Petroleiros (FUP).

De acordo com a assessoria de imprensa da Repar, cerca de 50 funcionários não entraram para trabalhar na troca de turno. Em nota, a Petrobras informou que todas as suas unidades estão funcionando normalmente e a produção não foi paralisada. A estatal também garantiu que não há riscos para a segurança das operações e dos empregados que não aderiram a paralisação.

Uma reunião entre representantes da Repar e dos petroleiros ocorreu pela manhã, mas não houve avanços na negociação. A audiência na Procuradoria do Trabalho está marcada para as 16h30 desta segunda-feira.

Reivindicações

De acordo com Silvaney Bernardi, presidente do Sindipetro-PR, as principais reivindicações da categoria dizem respeito à manutenção dos empregos nas empresas que prestam serviços à estatal e à segurança dos funcionários. "Somente este ano, três trabalhadores terceirizados já morreram em acidentes de trabalho", afirma. Em meio às reivindicações da pauta nacional da categoria, o sindicato acusa a Petrobras de cárcere privado, porque a empresa estaria mantendo cerca de 80 funcionários no prédio da Repar desde a noite de domingo (22). A intenção da refinaria, segundo Bernardi, seria impedir que os trabalhadores participem da greve da categoria.

A paralisação é uma iniciativa nacional, determinada pela Federação Única dos Petroleiros (FUP). Segundo Bernardi, a FUP estipulou um prazo de cinco dias de greve para pressionar a Petrobras a abrir uma mesa de negociação. O objetivo era parar a produção em todo o país a partir desta segunda-feira, mas, segundo o presidente do Sindipetro-PR, a empresa está inviabilizando o movimento.

"A produção está normalizada. Há um pessoal que está dentro da Repar desde as 19h30 de domingo e que não foi liberado para aderir à greve", conta. "E para o turno das 23h30, eles não abriram os portões para permitir a entrada de novos trabalhadores, para que não houvesse a rendição dos que estão trabalhando", acusa.

De acordo com Bernardi, ao final dos cinco dias de paralisação, os trabalhadores farão uma avaliação nacional do resultado das mobilizações. "Caso não haja sucesso, podemos votar uma greve por tempo indeterminado", afirma.

Procurada pela Gazeta do Povo Online, a Repar, por meio de assessoria de imprensa, informou que não procede a informação de cárcere privado no prédio da refinaria. Segundo a empresa, os funcionários que permanecem trabalhando, estão na empresa por vontade própria.

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