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Os funcionários da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) decidiram manter a paralisação no Paraná. Na tarde desta quarta-feira (23), o Sindicato dos Trabalhadores nos Correios do Paraná (Sintcom-PR) realizou uma assembleia e decidiu pela manutenção do movimento. Os trabalhadores vão fazer uma vigília nesta quarta e passarão a noite acampados em frente à sede estadual dos Correios, na Rua João Negrão.

De acordo com a empresa, no Paraná a greve já deixou 1,5 milhão de objetos parados. Na manhã de quinta-feira (24), às 9h30, será realizada uma audiência de conciliação no Tribunal Superior do Trabalho (TST), em Brasília. Os trabalhadores paranaenses vão aguardar o resultado da audiência para decidir se a greve vai continuar ou não.

Poucos trabalhadores

A administração nacional dos Correios afirma que, apesar de o TST ter determinado que seja mantido o mínimo de 30% do efetivo de funcionários, 100 unidades no Brasil inteiro funcionaram na terça-feira (23) com um número menor de empregados.

A empresa passou a informar as Procuradorias Regionais do Trabalho nos Estados sobre o descumprimento da ordem judicial, para que seja aplicada multa de R$ 50 mil reais por dia, por unidade, ao sindicato da respectiva área de jurisdição. O volume de carga com atraso é de 392 mil encomendas e de 46,7 milhões de correspondências no país inteiro.

De acordo com os Correios, o movimento de greve vem perdendo força nos últimos dias. Na segunda-feira (21), o índice de adesão à greve era de 24%, na terça (22) caiu para 17% e nesta quarta (23) é de 10% dos 109 mil empregados, segundo a empresa. Na terça, os empregados de Juiz de Fora (MG) decidiram em assembleia aceitar a proposta da empresa. Com este resultado, chega a dez o número de sindicatos que optaram pelo retorno ao trabalho. São eles: Bahia, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Santa Maria (RS), Bauru, Ribeirão Preto, Santos (SP) e Juiz de Fora (MG).

O sindicato de Uberaba (MG) não aderiu ao movimento e Roraima tem apenas 7 empregados parados. Para que a greve nacional acabe é necessário que 18 sindicatos optem pelo final da paralisação. Ao todo são 35 sindicatos que representam os trabalhadores dos Correios no Brasil.

Negociação

Os grevistas reivindicam uma reposição salarial de 41,03%, que corresponderia a perdas ocorridas desde agosto de 1994. Outros pedidos são de aumento linear de R$ 300 no piso salarial da categoria, que é de R$ 640, além de segurança armada e portas giratórias nas agências e redução da jornada de trabalho.

A proposta dos Correios, que continua sendo rejeitada por 24 sindicatos, prevê, além do reajuste salarial de 9%, retroativo a agosto deste ano, mais R$ 100 de aumento linear a partir de janeiro de 2010, e reajuste dos valores dos benefícios (vale-alimentação, vale-cesta, auxílio-creche, etc.).

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