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O Tribunal Superior do Trabalho (TST) marcou para a próxima quarta-feira (19) uma audiência de conciliação do pedido de dissídio coletivo, que foi protocolado pela Empresa Brasileira de Empresa e Telégrafos nesta quinta-feira (13) contra a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e Similares (Fentect).

O dissídio coletivo, pedido para que a justiça faça a mediação da negociação, foi feito por conta dos indicativos de greve da categoria em todo país e pelas negociações sem sucesso com a Fentect. A ação também prevê que o Tribunal esclareça cláusula do acórdão sobre a concessão de um vale-refeição/alimentação extra em dezembro de 2011, pagos pela empresa.

Na última oferta de negociação, os Correios ofereceram 5,2% de reajuste nos salários e benefícios e salário base inicial de R$ 991,77. Os trabalhadores negaram a proposta por acreditar que estava muito abaixo do pretendido. A categoria no Paraná reivindica 33% de reposição salarial, 10% de aumento real, além de R$ 200 de aumento linear (a todas as funções). Os servidores também pedem correções nos vale-refeição/alimentação e vale-cesta, fim das terceirizações e das horas-extras.

Operação-padrão

A última assembleia dos trabalhadores dos Correios de Curitiba e região, feita no dia 10 de setembro, decidiu por não entrar em greve e aprovaram iniciar uma operação-padrão no dia 11. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores dos Correios do Paraná (Sintcom-PR), os funcionários foram orientados a cumprir somente o horário regular, sem abrir mão dos intervalos determinados por lei e sem fazer horas-extras.

O secretário-geral do Sintcom-PR, Luis Antonio Souza, informou que a operação-padrão pode gerar impacto ao serviço dos Correios com o decorrer do tempo pois os trabalhadores fazem horas-extras e usam o período de intervalo para dar conta da grande demanda de trabalho.

Segundo a assessoria dos Correios em Curitiba, até o momento a operação-padrão não gerou impacto ao serviço da empresa. A ETC também comentou que o funcionário não é obrigado a fazer hora-extra e que este tipo de solicitação é feita com pouca frequência. A empresa informou que a opção por trabalhar além do horário do expediente é feita pelos funcionários somente como forma de complementar a renda no final do mês.

Próxima assembleia

Estão marcadas para o próximo dia 18 de setembro várias assembleias em todo o país para decidir sobre a proposta apresentada pelos Correios e também sobre o indicativo de greve. Até esta data, o sindicato afirmou que deve continuar com a operação-padrão.

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