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Papo Universitário desta quarta-feira no Teatro Paiol | Daniel Castellano/Gazeta do Povo
Papo Universitário desta quarta-feira no Teatro Paiol| Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo

Em debate

O Papo Universitário é um evento com quatro edições anuais promovido pela Gazeta do Povo e patrocinado pelo Centro Universitário Curitiba (Unicuritiba) que estimula os jovens a debaterem assuntos da atualidade. A próxima edição deve ocorrer ainda neste semestre.

Sobrevivente da boate Kiss luta por conscientização

Ela perdeu o namorado e vários amigos na tragédia da boate Kiss, em Santa Maria (RS), e participou do Papo Universitário para fazer um alerta aos jovens.

A estudante Jéssica Duarte da Rosa, 20 anos, que passou um mês no hospital se recuperando da intoxicação causada pela fumaça e das queimaduras que tomaram 45% de seu corpo, contou que não imaginava que um dia viveria uma situação como aquela e que se sentia segura ao sair à noite.

"Todo mundo pensa: ‘Não vai acontecer comigo’, mas acontece. Até que ponto a gente está segura?", perguntou. Ela conta que é pelo namorado e pelos outros 240 mortos na boate que leva o assunto adiante. "Espero que todos que sobreviveram possam passar para outras pessoas o que aconteceu."

  • O Teatro Paiol pronto para receber o debate desta quarta-feira
  • Preparação para o início do Papo Universitário desta quarta-feira
  • Papo Universitário debate a segurança em bares e casas noturnas
  • Público acompanha o Papo Universitário
  • Jéssica Duarte da Rosa (à direita), sobrevivente do incêndio da Boate Kiss, em Santa Maria (RS)
  • Debate sobre segurança nas baladas
  • Papo Universitário com a participação de representantes dos órgãos públicos e
  • Evento discute aspectos de conforto e fiscalização nas casas noturnas
  • Jéssica Duarte da Rosa, sobrevivente da tragédia na Boate Kiss
  • Jéssica Duarte da Rosa, sobrevivente do incêndio na Boate Kiss, em Santa Maria, é a convidada especial do Papo Universitário desta quarta-feira
  • Evento é aberto a perguntas dos internautas
  • Casa cheia para o Papo Universitário no Teatro Paiol

Casa noturna bem preparada para receber o público e seguranças treinados é o mínimo que se espera quando chega a hora da balada. Entretanto, tudo isso não garante segurança, especialmente quando há álcool em excesso envolvido. Essa foi uma das conclusões dos participantes da primeira edição do Papo Universitário de 2013, sobre a "Balada segura", ocorrida na última quarta-feira no Teatro Paiol, em Curitiba.

Veja fotos do Papo Universitário desta quarta-feira

Veja um vídeo com o balanço do evento

Foram duas horas em que cerca de 300 universitários e interessados no assunto debateram três temas principais: a fiscalização e a adaptação das casas noturnas a normas de segurança; a relação dos baladeiros com profissionais responsáveis pela ordem dos estabelecimentos; e o consumo de bebidas alcoólicas entre os jovens.

Para estar no centro do debate, foram convidados o blogueiro e DJ Celso Ferreira, a professora e radialista Luciana Worms, o empresário e diretor comercial do Grupo Wood's, Fabrício Maggi Schmidt, e o major da Polícia Militar Olavo Vianei Nunes, coordenador da Ação Integrada de Fiscalização Urbana (Aifu).

Entre os quatro convidados, o major foi bastante solicitado pela plateia para esclarecer dúvidas sobre a fiscalização das casas e eventos noturnos e sobre a Lei Seca. Uma estudante chegou a dizer que circula bastante de carro à noite e que não vê fiscalização suficiente. Em resposta, Nunes disse que o trabalho com blitze para identificar motoristas que dirigem embriagados tem sido intensificado.

Vigilantes

Como frequentadora de casas noturnas, Luciana disse que a segurança nunca foi uma grande preocupação dos estabelecimentos. Ela espera que, com a tragédia da boate Kiss – em que 241 pessoas morreram em Santa Maria (RS) –, esse cenário mude. Em relação à postura de vigilantes, ela disse que "a truculência nunca é esperada em uma casa de show". Sobre esse tema, Celso reforçou que deve haver bom senso por parte de todos os que trabalham ou se divertem na balada.

Questionado se os seguranças trabalham em prol dos clientes ou do estabelecimento, Schmidt respondeu que os profissionais trabalham para a casa, em prol dos clientes. "A equipe de segurança deve fazer a organização da casa para que tudo funcione e tenha começo, meio e fim, com diversão para todos."

Fabrício também esclareceu que a melhor forma de evitar acidentes na noite é treinar bem os funcionários e admitiu que o maior lucro das casas noturnas é com a venda de bebidas, com ou sem álcool. "Temos uma enfermaria dentro da Wood's para atender cliente que possa estar embriagado ou alterado, mas não podemos medicá-lo. Se for preciso, acionamos uma ambulância para atender a pessoa que precisa de ajuda", conta.

Papo Universitário debate segurança nas baladas

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Vida e Cidadania | 3:21

Em duas horas de discussão, universitários falaram sobre segurança, consumo de álcool, conforto e comportamento de equipes de segurança

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